A Era de Ouro Acabou...
Dia 87 - Felipe P. 86
Woodkid é o nome artístico de Yoann Lemoine, um renomado
diretor de videoclipes francês. O cara normalmente produz para astros da música
pop como Katy Perry e Taylor Swift e já até dirigiu um clipe da musa do meu
irmão, a Lana Del Rey. Quando um sujeito desse tipo decide compor e cantar as
próprias canções a reação natural e imediata é a de ficar com o pé atrás,
correto? Concordo.
Porém um dia lá está você se atualizando das estreias
cinematográficas da semana, vendo o trailer de Hitchcock quando, repentinamente
e sem aviso prévio, começa a tocar uma música incrível! Daquelas que pegam sua
atenção e te deixam meio Keanu Reeves, saca? Wow! Após uma breve pesquisa você
descobre que a canção se chama Iron, o artista se chama Woodkid e seu clipe é
uma das coisas mais bonitas e surreais da face da Terra.
Eis que você inicia uma busca frenética por absolutamente
tudo relacionado a esse artista misterioso, você quer todos os seus discos,
quer ouvir todas as suas músicas, ver todos os seus vídeos, segui-lo no
twitter, essas coisas que eu faço com tudo o que eu gosto. Eis a desagradável
surpresa: o cara só tem uns eps com ao todo 5 músicas...
Mas eis a boa notícia: seu primeiro disco sai logo logo.
E esse logo logo chegou semana passada quando WK liberou seu primeiro disco
completo, The Golden Age, nas lojas digitais... E a espera valeu a pena? Ô se
valeu!
Pra começo de conversa, é preciso deixar claro que WK é
um sujeito pouco convencional. A começar que ele é francês e canta em inglês,
então a voz do sujeito tem um Q de exótica, um sotaque reminiscente, um toque
de estranheza... Outra coisa interessante é que, egresso de videoclipes, é de
se esperar que ele tenha alguma experiência no assunto. Woodkid é um sujeito
extremamente visual. Aproveitando-se disso, ele usou as três músicas mais impactantes
do álbum (compostas e executadas de modo a se encaixar) e as transpôs para o
visual em forma de trilogia. São respectivamente:
Iron
Run Boy, Run
I Love You
As três executadas nessa ordem contam uma história, um épico, sobre guerras e traições, sobre fugir e se esconder dos perigos do mundo, amor e solidão, vencer e ser humilhado... E os vídeos são espetaculares, visualmente falando, sentimentalmente falando. São de causar arrepio e é impressionante como música e vídeo se encaixam com tamanha perfeição.
“I Love You:
Whatever i feel for you
You only seem to care about you
Is there any chance you could see me too?
'Cos i love you
Is there anything i could do
Just to get some attention from you?
In the waves i’ve lost every trace of you
Oh where are you?”
Uma dica? Não ouça o disco antes de ver a Trilogia
Woodkid. Veja na ordem proposta e depois a reveja como bem entender, mas de uma
coisa eu sei: você não vai parar na primeira vez.
The Golden Age, o Álbum, impressiona pela qualidade. Se
tratando do primeiro trabalho musical de um diretor de videoclipes, o primeiro
no qual ele é o astro, é algo de uma maturidade pouco vista. É preciso levar em
conta também o grau de intimismo que ele imprime à própria obra. Resumidamente?
Woodkid é intimista e exótico sem se tornar chato e pedante. Extremamente
cinematográfico e poderoso. Música com poder de verdade!
Recomendo
as Excelentes The Golden Age, Iron, Run Boy Run, I Love You, Ghost Lights, Shadows (instrumental) e The
Other Side. O disco inteiro é uma baita experiência, mas essas citadas
são o que determinam tudo. Eu vou ficando por aqui por que eu tô empolgadaço
com o disco e se deixar eu falo pro resto do dia!
Até daqui a pouco com a postagem de cinema.
PS: Run Boy, Run também faz parte da trilha sonora do game Assassin's Creed 3.
Não é que eu não curta música, mas não sou exatamente um grande interessado no assunto e sempre pulava os posts relacionados com música.
ResponderExcluirEntrei no post absolutamente enganado e... Curti a música e os clipes.
Acho que é hora de conferir os outros posts sobre música, com certeza perdi muita coisa boa.
Eu sobrevivo sem qualquer coisa, cara. Menos sem música e sem água. O resto passa.
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