Michel 72. Dia 77.
A história do Cinema pode ser dividida em Antes e Depois de Matrix.
Um roteiro bacana, atores excelentes e convincentes, efeitos visuais e técnica excepcionais, trilha sonora sensacional... em outras palavras? Revolucionário.
"The Matrix (1999)" conta a história de Thomas Anderson, um cara certinho de dia, mas que à noite se torna o execrável hacker "Neo". Paralelamente a isso, temos nosso protagonista perseguido por duas facções diferentes: terroristas virtuais, liderados pelo lendário Morpheus, e os Agentes.
Não quero cantar spoilers aqui, então ficaremos numas de superficialidade.
"Pode falar, cara, não existe ninguém hoje em dia que ainda não tenha assistido este filme!"
Tem, sim. Ano passado mesmo fui exibi-lo para uma turma de alunos do 9º ano, numa aula de Filosofia, e, para minha "surpresa", apenas dois alunos em vinte e cinco haviam assistido.
Eu, particularmente, assisti a este filme pelo menos umas vinte vezes.
A história é envolvente. Mexe com suas certezas, com suas rotinas, com aquilo que você constrói e chama de "realidade". Tem romance, aventura, traição e assassinatos. Tem reviravoltas, tiros e explosões.
E tem Kung Fu.
E no subtexto, permeando toda a trama, teorias filosófico-religiosas, uma salada multicultural de referências pop, tudo costurado de maneira surpreendentemente carismática pelos Irmãos Wachowski - que ganharam tanto dinheiro aqui e receberam sinal verde para mudar todo o enfoque da história nas sequências (Reloaded e Revolution).
Não vou aqui construir e reconstruir e reproduzir tudo o que já foi dito e escrito sobre Matrix. Não há necessidade.
O que tenho a dizer sobre este filme é a maneira como ele te pega e te prende, o grau de identificação e empatia que você consegue desenvolver para com os personagens principais da trama, os vilões bem construídos e O Vilão Agente Smith - o impecavelmente impecável Hugo "Elrond" Weaving.
Um filme completo, que te faz ter vontade de levantar da cadeira e sair detonando tudo, derrotando deputados e senadores fanfarrões, preconceituosos e corruptos, voando em direção à tela após o telefonema em que você disse:
"- Este é apenas o começo."
Recomendo demais, filmografia obrigatória.
P. S.: Não caia na besteira de dizer que "não entendeu nada" do filme, ou que "Tem muita é mentira". Isso é bocó e deselegante. Mesmo que não entenda, faça uma carinha de cult e diga:
"- Excelente abordagem cinematográfica para a questão filosófica da existência e de como as nossas atitudes podem impactar sobre a nossa vivência, mudando não só a vida de um indivíduo mas toda a cadeia de relações sociais na qual o mesmo se encontra inserido, conduzindo todos na busca e na construção de uma sociedade mais justa e igualitária."
Falei?
Falei!
Até.
Faltou usar o termo "divisor de águas".
ResponderExcluirrueruerusrs
Éghua, cliché demais. :)
ResponderExcluirEsse filme é o que se pode chamar de uma revelação, no sentido de re-velar, ou seja, velar de novo, apresentandoantigos ensinamentos numa linguagem nova, utilizando para isso, com uma certa mistificação, o elemento tecnológico do mundo moderno: a Internet.
ResponderExcluirDessa forma, através de uma nova contextualização, o filme resgata para nossa civilização, de uma forma alegorizada, verdades universais contidas, por exemplo, no Tao Te King, no Bhagavad-Gita e em todos os Vedas; verdades, enfim, que de outro modo se perderiam, se não encontrássemos uma linguagem que nos permitisse comunicá-las às novas gerações
Cara, no dia em que quiser fazer uso da coluna cinematográfica, eu lhe empresto ela, só pedir.
ExcluirNada disso... vc está muito bem. Eu é que não podia de deixar de escrever isso, dado ao fato de ser muito fã dessa trilogia.
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