Meu Amigo/Vizinho Totoro (decidam-se!)

Dia 65 - Felipe P. 63

Tonari no Totoro - 1988

Dir: Hayao Miyazaki

Elenco: Hitoshi Takagi, Noriko Hidaka, Toshiyuki Amagasa 

Não sou um expert em Hyao Miyazaki, na verdade tudo o que tinha visto do cara é A Viagem de Chihiro (ao qual apelidei carinhosamente de ‘ A Trip de LSD de Chihiro’), mas tenho que admitir que adorei ver Meu Amigo Totoro.

Ou Meu Vizinho Totoro, até hoje não sei qual título é usado oficialmente no Brasil.

Na história um pai se muda com duas filhas para uma casa antiga que tem fama de ser assombrada. A mãe das meninas está internada num hospital por motivos não explicados e o pai das duas trabalha o dia inteiro.

Um dia a mais nova tá brincando no jardim, quando encontra um buraco escondido por um arbusto e acaba entrando/caindo e, lá dentro encontra uma criatura gigante e peluda, ao qual imediatamente chama de Totoro, uma espécie de entidade da natureza.

A história é simples assim e o desenrolar é calmo e gostoso. Diferente de Chihiro, não há uma aglomeração de coisas fantásticas acontecendo, é um filminho bem mais tranquilo, o que de maneira alguma quer dizer que tenha menos conteúdo.

O que mais me chamou atenção no longa foram duas coisas: o visual impecável, mesclando personagens cartunescos com cenários quase fotográficos, detalhados ao extremo, verdadeiras peças de arte e o nível de influência que a obra de Miyazaki exerce no cinema ocidental.

É possível ver tudo o que as ideias do japa influenciaram desse lado do oceano. Você consegue perceber de Disney a Guillermo Del Toro, aliás é incrível como Totoro se assemelha a Labirinto do fauno (na verdade é o contrário), ao mesmo tempo em que provavelmente seja a melhor adaptação já feita para Alice no País das Maravilhas (o gato, a menina que segue um bicho de orelhas pontudas por um buraco até encontrar um lugar fantástico).

É uma coisa linda de assistir, é outro nível.

É o tipo de coisa que você não encontra nos animes habituais, a imaginação do Miyaza não tem limites e não se prende a nada.

Nada se explica, mas tudo se entende.

Aqui fico eu, com um texto curtinho sobre um filme curtinho, mas que fala muita coisa.

Aliás, vejam a versão dublada em português. Divertidíssima.

PS: desconfio que, pelo jeito de falar, a mãe das meninas esteja numa clínica de reabilitação. Loucaça.

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