Michel 79. Dia 84.
Eu fico feliz quando uma fuga à rotina se apresenta a mim. É uma surpresa boa. Não gosto de provocar mudanças, nem de mudanças ruins: gosto daquelas que surgem sem planejamento, acidentes fortuitos, gratas coincidências...
Como o é essa moça lindamaravilhosa chamada Bárbara Eugênia. Caramba, quem é essa mulher? Como pode alguém tão linda cantar tanto e tão bem? Quanta carne/sangue, quanta alma/música contidos em um disco! Quanta originalidade, autenticidade, verdade e sinceridade! Quanta nordestinidade, quanto cinema francês!
A menina é carioca, mas o som dela é tãaaao além de clichês... uma coisa meio retrô, mas sem soar modismo ou modinha. Uma música bonita , meio suja, meio herética, totalmente feminina. Algo escuro e denso, mas feliz em sua verdade. Rock em lindos olhos castanhos e uma boca... puxa, que boca.
Que conjunto.
Que voz rouca, sexy, cheia, feita para o exato tipo de música contido em "Journal de BAD" (2010). São treze faixas de verdade pura, relacionamentos, rompimentos, amores tristes, felicidade, manhãs de sol, noites em claro, cidade suja, beleza e simplicidade...
Um disco perfeito, com uma sonoridade que mescla influências várias, desde o velho e bom brega ao tropicalismo, passagens de rock e cinema francês... e olhos castanhos, boca e narizes esculpidos, pele branca, tatuagens... sardas... e talento. Talento é importante.
Uma diva.
Um álbum épico, macio, maciço, pleno em si mesmo.
Nesses dias de talentos produzidos em série, é com uma felicidade imensa que abraço alguém que tem paixão. E isso, meus amigos, Bárbara tem de sobra.
Não conhece? Busque. Você não vai se arrepender.
Para uma noite de quase lua cheia, um álbum que te enche de tristeza e traz um pouco de sorriso cheio de boas lembranças.
Boa noite e até a próxima.
P.S.: Grato pela magnífica lembrança do Carlos para o vídeoclipe "O Tempo", do Cidadão Instigado, que me levou a investigar e encontrar a Bárbara.
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