Os zumbis de IN THE FLESH, quatro
anos depois do apocalipse, ou do que eles chamam de ascensão, ganham uma chance
de se reintegrar ao mundo dos vivos com a ajuda do governo. Agora os zumbis
sofrem da SFP, ou Síndrome do Falecimento Parcial. Estão num programa
governamental que os administra uma droga chamada NORTRIPTILINA, e que entre
outras coisas estimula artificialmente a criação de células que os cérebros dos
zumbis não podem mais produzir. Recebem ainda lentes de contato, maquiagem
corretiva e até implantes para tornar sua aparência mais aceitável entre os
vivos.
Como é de se esperar nem tudo da
tão certo assim e logo é fácil perceber para onde a série quer nos levar:
desenvolver uma empatia pelos mortos vivos e sofrer com eles. O protagonista o adolescente
Kieran Walker é um zumbi, que está no programa e se encontra prestes a voltar
para o convívio da família. Sua pequena vila para onde ele vai voltar virou um
símbolo para aqueles que sem pensar pegaram em armas para se defender dos que
voltaram do mundo dos mortos. Por lá surgiu uma força voluntaria armada chamada
FHV que resistiu e que ainda está pronta para não aceitar o retorno dos mortos
vivos, certa de que eles podem ter uma recaída e voltarem a se deliciar dos
cérebros humanos.
O ingrediente de uma boa serie
dramática estão aqui bem postos e certo que ela não viverá apenas do horror e
dos velhos clichês já conhecidos por nós no mundo dos zumbis. No fundo todos
estão assustado pelo recente horror causado pelos “caminhantes” e duvidam que
ainda possa existir alguma humanidade neles, por isso se recusam a dividir com
eles uma convivência harmoniosa.
Preste atenção no personagem do
vigário da vila, ele é o principal insuflador do ódio aos retornados e manipula
uma população amedrontada usando como ferramenta o braço armado da FHV.
Kieran tem flashes das atrocidades
que cometeu enquanto ainda não era um “não tratado” e carrega uma imensa culpa
por isso. “Não há descanso na morte” pensa Kieran, que parece ter cometido
suicídio antes de se tornar morto vivo - e agora um tratado.
Há ainda um personagem oculto, um
tal profeta morto vivo que quer a volta do caos de quatro anos antes, prega
pela internet a necessidade de que todos os tratados voltem ao seu estado real
de morto vivo.
A série da Fox não me interessou
tanto como está, porque era muito previsível, mas IN THE FLESH daá sinais de que
será uma bom programa por ter se afastado da mesmice de coisas com mortos vivos.
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