Zumbilândia

Dia 34 - Felipe P. 33

Zombieland - 2009

Dir: Ruben Fleischer

Elenco: Jesse Eisenberg, Woody Harrelson, Emma Stone e Abigail Breslin.

Hoje foi um dia e tanto para o 01PD. Dificilmente chegaremos perto de bater a marca atingida hoje pelo nosso colunista musical, meu querido e bravo irmão Michel Euclides! 150 likes em menos de quarenta minutos! CARAMBA!

Um deles, obviamente, é meu.

~bwuhahahahahahahahaha~

Para hoje, baseado em padrões previamente identificados aqui no 01PD, eu havia escolhido algo totalmente diferente para falar sobre, mas, dadas as circunstâncias, decidi falar sobre uma das minhas comédias favoritas dos últimos anos: Zumbilândia.

Eu já mencionei que sou totalmente alucinado por zumbis? Eu acho que o mundo se tornaria um lugar mais feliz após o apocalipse zumbi. O ser humano seria mais feliz se fosse um zumbi, resolveria muitos problemas da humanidade. A fome, por exemplo!

E é exatamente num mundo destruído pelo tal apocalipse zumbi que se passa Zumbilândia. Pouco se fala sobre como se deu início a maior praga do século, chega-se a mencionar um hambúrguer estragado e o primeiro caso de infecção, mas pouco se aprofunda.

Nesse mundo dominado pelos devoradores de carne, vive Columbus (Jesse Eisenberg, antes de ser descolado), um nerd que sobrevive ao fim do mundo por conta de suas regras e seus transtornos compulsivos e leva sua vidinha meticulosa mesmo após o fim de tudo e de todos.

Quando conhece Talahasse (Woody Harrelson, sensacional), um maluco que decidiu aproveitar o fim do mundo com o que restou de melhor nele: carros, armas de fogo, bebidas e zumbis. A diversão do sujeito passa a ser encontrar a melhor forma possível de acabar de vez com a vida dos mortos vivos. Quando você acha que não precisa de mais nada para o filme ficar perfeito, surgem Wichita (Emma Stone, linda como nunca, no filme que a lançou no estrelato) e sua irmã Little Rock (Abigail Breslin), como duas golpistas que se aproveitam da ingenuidade e do bom coração de qualquer ser humano que ainda respire e não arranque sua cabeça a dentadas na primeira oportunidade.

Os quatro seguem viagem pelos EUA, tentando continuar com suas vidas e curtir um pouco a boa vida que o apocalipse os propicia: carrões, mansões de artistas famosos e armas poderosas.

O fim do mundo zumbi já foi retratado no cinema das mais diversas formas. Do survival horror ao drama de vergonha alheia que foi Extermínio, do gore ao humor britânico. Zumbilândia é a comédia desleixada e desligada que não se compromete a absolutamente nada e cumpre com tudo o que promete. O filme não tem história, não tem roteiro, nada: só uma sucessão de situações engraçadas e um elenco afiado. Até o objetivo dos personagens é totalmente sem noção. Enquanto Columbus quer rever os pais, Talahasse quer achar um bolinho e as irmãs querem chegar a um parque de diversões. E a caminho de seus objetivos, os quatro se deparam com toda sorte de situações inusitadas, momentos de puro nonsense e cenas totalmente surreais, com direito a palhaço zumbi e caça fantasmas.

Aos poucos vamos conhecendo melhor cada um deles, suas personalidades vão sendo bem definidas e, em certo ponto, com o público já conquistado, há espaço até mesmo para drama familiar.

Zumbilândia é assim: uma sessão da tarde com sangue e tripas, bem humorado como poucos, um daqueles filmes que você vê e revê um milhão de vezes e nunca perde a graça. Com uma trilha sonora que vai de Van Halen e Metallica a Willie Nelson, uma fotografia genial e uma edição esperta, é daqueles filmes pra ver com os amigos do lado, com direito a pipoca e refrigerante (ou esfirra). Sem dúvida uma das surpresas mais bacanas dos últimos anos.

PS: a abertura do filme é INSANA!