quarta-feira, fevereiro 27, 2013

Sequestro no Espaço

Dia 58 - Felipe P. 57
Lockout - 2012
Dir:  James Mather, Stephen St. Leger
Elenco: Guy Pearce, Maggie Grace, Peter Stormare.

Eu nunca levei o Guy Pearce muito a sério como ator. Sempre achei que ele fosse um cara que as pessoas valorizavam demais por razão nenhuma, acho que isso se deve em parte ao fato de que o primeiro filme que eu vi com o cara foi A Máquina do Tempo.
E esse é o tipo de coisa que traumatiza uma criança.
E infelizmente eu não tenho uma ressalva pra seguir com o próximo parágrafo, o cara nunca se justificou pra mim e ponto. Quer dizer, ele teve seus mementos, mas só isso.
E sim, o parágrafo anterior inteiro foi escrito em prol dessa piada ridícula, mas você tem que admitir que ela foi bem construída.
Hoje nos falaremos de Sequestro no Espaço, um filme divertido!
Adianto logo: três luas de boa.
O filme é meio cretino. Não. Totalmente cretino, é uma daquelas histórias que envolve a filha do presidente dos EUA em perigo, saca? E eles mandam um bandido pra resgatar a garota e o cara acaba que não é tão mal assim e eles ficam juntos no final. É bem isso, totalmente isso.
Eu vou poupar vocês de um desgosto maior, é só isso, não tem nada demais.
A história é bem qualquer coisa: num futuro distante, o governo dos EUA constrói uma prisão de segurança máxima no espaço e tranca lá dentro todos os piores bandidos da Terra. A filha do presidente, uma ativista dos direitos humanos, decide visitar a prisão pra se certificar que a escória da humanidade, assassinos, estupradores e caras que fazem jail break no IOS, estão sendo bem tratados.
Acontece uma rebelião, todos os quase 500 prisioneiros se libertam e tomam conta da prisão e, obviamente, capturam a desgraçada da filha do presidente (Maggie Grace, que vive pra ser sequestrada). Quando eles tem uma ideia brilhante: vamos mandar os fuzileiros espaciais, os Jedis, o Pica Pau... Nããããããão, vamos mandar o psicopata acusado de homicídio, por que afinal de contas ele tem um bom coração.
Mandam o Guy Ritchie Pearce.
O grande lance de Lockout é que o personagem do Pearce é um cretino inacreditável, um desgraçado, um canalha da mais alta estirpe. Um personagem com o qual o cara não está acostumado. Não para de fazer piadinhas por um segundo, mal trata a menina, mata como quem come alpiste, apanha feito um João bobo, mas nunca perde a piada. Não dá pra escrever a dimensão da canalhice do sujeito, é como se os roteiristas houvessem dedicado todas as suas forças em desenvolver o personagem do cara a modo de transformá-lo num escroto.
E funciona.
Os vilões também são bacanas. A dupla de irmãos bandidos que os lidera é sensacional. Um todo controlado, mais velho, mais experiente e o outro é um porralouca afetado e cego de um olho, totalmente esquizofrênico.
Em compensação o visual do filme é um lixo. Os cenários são até bem construídos, as cenas do espaço convencem se você for desapegado, mas tem uns momentos que são vergonha alheia total.
A perseguição de moto logo no começo é de um nível 1ª temporada de Doctor Who de tão mal feita. É necessário frisar que é um filme de 2012, com uma perseguição no estilo Need For Speed – Most Wanted. É agressiva, chega a machucar. Eu quase desisti nessa cena, mas fui forte e dei uma chance e, olha que surpresa, me diverti bastante.
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