sexta-feira, fevereiro 22, 2013

Não Tenho Troco

Dia 53 - Felipe P. 51
Quick Change - 1990
Dir: Howard Franklin, Bill Murray
Elenco:  Bill Murray, Geena Davis, Randy Quaid

Começa com um palhaço no metrô, a maquiagem branca carregada, o batom vermelho, uns balões e a inconfundível cara de mau humor do Bill Murray.
O sujeito desce do trem, entra num banco e anuncia um assalto e, obviamente, ninguém o leva a sério. Nada que dois tiros pra cima e alguns quilos de dinamite não resolvam. O palhaço tranca todo mundo no cofre, faz a limpa, pega toda a grana que consegue carregar antes que a polícia chegue e comece a negociação. O cara começa a fazer pedidos absurdos, dois helicópteros, um monster truck, um ônibus da prefeitura, tudo perfeitamente planejado para seu roubo perfeito. A polícia não sabe como reagir, o chefe é um tapado, seu assistente é um puxa saco e o bandido é o Bill Murray. Quando os caras finalmente decidem invadir o banco e libertar os reféns, o palhaço já saiu de lá, levou toda a grana e foi embora sem levantar suspeitas da forma mais genial imaginável.
Não Tenho Troco é uma comédia inteligente, cheia de boas sacadas, com um roteiro extremamente simples e bem amarrado.
Os reféns que o cara faz são um bando de cretinos, o gerente do banco tenta subornar o palhaço para ser libertado, um lenhador barbudo começa a chorar feito um bebê e uma daquelas mulheres que não levam desaforo pra casa começa a discutir com o psicopata, que parece ter tudo sob controle, não estraga a maquiagem com uma gota de suor.
O assalto em si é o menor dos conflitos do filme, acaba tão rápido quanto começa, mas rende umas piadas geniais até pelo menos metade da trama. O desafio mesmo é sair da cidade, a segunda parte do plano do palhaço e de seus dois comparsas: Geena Davis, lindíssima, e Randy Quaid, afetado pra caramba.
O caminho tortuoso até o aeroporto envolve uma série de situações absurdas, um punhado de personagens inacreditáveis e doses certeiras daquele tipo de humor que só o Murray sabe fazer, aquele humor do qual todo mundo acha graça, menos ele.
Máfia, policiais estúpidos, taxistas estrangeiros que não falam uma palavra em inglês (Tony Shalhoub, hilário num papel totalmente sem noção) e até mexicanos praticando justa de bicicleta. O filme é um daqueles que te deixa com a boca aberta, só esperando a próxima sacada, a próxima piada genial.
Aqui dois mitos são derrubados:
Primeiro – todos os palhaços são criaturas estúpidas e demoníacas usadas para fazer lavagem cerebral em crianças que assistem programas infantis, na esperança de ganhar um preistation.
Segundo: O crime não compensa.
Na verdade, se formos considerar a jornada que foi sair do banco e chegar ao aeroporto, o crime realmente não compensa, mas vae o bom filme.
Não Tenho Troco vale fácil a sessão dupla com Matador emConflito.
Fica a dica ;)
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