Dia 53 - Felipe P. 51
Quick Change - 1990
Dir: Howard Franklin, Bill Murray
Elenco: Bill Murray, Geena Davis, Randy Quaid
Começa com um palhaço no metrô, a maquiagem branca
carregada, o batom vermelho, uns balões e a inconfundível cara de mau humor do
Bill Murray.
O sujeito desce do trem, entra num banco e anuncia um assalto e, obviamente,
ninguém o leva a sério. Nada que dois tiros pra cima e alguns quilos de
dinamite não resolvam. O palhaço tranca todo mundo no cofre, faz a limpa, pega
toda a grana que consegue carregar antes que a polícia chegue e comece a
negociação. O cara começa a fazer pedidos absurdos, dois helicópteros, um
monster truck, um ônibus da prefeitura, tudo perfeitamente planejado para seu
roubo perfeito. A polícia não sabe como reagir, o chefe é um tapado, seu
assistente é um puxa saco e o bandido é o Bill Murray. Quando os caras
finalmente decidem invadir o banco e libertar os reféns, o palhaço já saiu de
lá, levou toda a grana e foi embora sem levantar suspeitas da forma mais genial
imaginável.
Não Tenho Troco é uma comédia inteligente, cheia de boas
sacadas, com um roteiro extremamente simples e bem amarrado.
Os reféns que o cara faz são um bando de cretinos, o
gerente do banco tenta subornar o palhaço para ser libertado, um lenhador
barbudo começa a chorar feito um bebê e uma daquelas mulheres que não levam
desaforo pra casa começa a discutir com o psicopata, que parece ter tudo sob controle,
não estraga a maquiagem com uma gota de suor.
O assalto em si é o menor dos conflitos do filme, acaba
tão rápido quanto começa, mas rende umas piadas geniais até pelo menos metade
da trama. O desafio mesmo é sair da cidade, a segunda parte do plano do palhaço
e de seus dois comparsas: Geena Davis, lindíssima, e Randy Quaid, afetado pra
caramba.
O caminho tortuoso até o aeroporto envolve uma série de
situações absurdas, um punhado de personagens inacreditáveis e doses certeiras
daquele tipo de humor que só o Murray sabe fazer, aquele humor do qual todo
mundo acha graça, menos ele.
Máfia, policiais estúpidos, taxistas estrangeiros que não
falam uma palavra em inglês (Tony Shalhoub, hilário num papel totalmente sem
noção) e até mexicanos praticando justa de bicicleta. O filme é um daqueles que
te deixa com a boca aberta, só esperando a próxima sacada, a próxima piada
genial.
Aqui dois mitos são derrubados:
Primeiro – todos os palhaços são criaturas estúpidas e
demoníacas usadas para fazer lavagem cerebral em crianças que assistem
programas infantis, na esperança de ganhar um preistation.
Segundo: O crime não compensa.
Na verdade, se formos considerar a jornada que foi sair
do banco e chegar ao aeroporto, o crime realmente não compensa, mas vae o bom
filme.
Não Tenho Troco vale fácil a sessão dupla com Matador emConflito.
Fica a dica ;)
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