segunda-feira, fevereiro 11, 2013

Let It Be... Naked – The Beatles, ou: Como deveria ter sido.


Michel 37. Dia 42.


 The Fab Four, os Quatro de Liverpool, A Maior Banda de Rock de todos os tempos... não interessa como você os chame, eles são, eram, serão geniais marcos de evolução e revolução na música mundial. Aqueles meninos que começaram com o ié ié ié terminaram sua carreira conhecidos internacionalmente pela criatividade, inventividade e versatilidade, aliados à qualidade instrumental, pelas excelentes letras e pela harmonia que havia entre eles.

Ninguém igual antes, ninguém igual depois.

Let It Be (1969) foi o último disco de estúdio lançado pelos Beatles. Um sucesso de público e de crítica, só tinha um problema: Paul não gostou do resultado. As músicas não estavam na sequência que ele queria, havia algumas que lá estavam que não deveriam e faltavam outras que lá precisavam estar. Os arranjos de orquestra (Wall of sound) que foram inseridos - por Phill Spector, o produtor do disco - em algumas faixas não agradaram a Paul.

Mas o disco fez sucesso e vendeu, então deixa quieto.

Mais de trinta anos se passaram após o último disco e o fim d’A Banda. Paul faz o quê? Remasteriza as músicas que deveriam ter sido o disco “Let It Be” sem o Wall of Sound de Spector; saem “Maggie Mae” e “Dig It” e entra “Don’t Let Me Down”. Acrescenta-se um segundo disco/faixa chamado “Fly On The Wall”, contendo conversas e ensaios dos Beatles.

O disco foi relançado em 2003 como “Let It Be... Naked”.

Analisando o disco, vemos um trabalho mais cru e orgânico. “Let It Be” é nobre e limpo, um álbum bem intencionado. Naked é feminino e escuro, carnal e pulsante de desejo. Arranjos fazem diferença, sim. A nova sequência de músicas também causa um ritmo diferente no escutar/viver o disco, dando uma sensação mais Rocn ‘N’ Roll.


É um disco excelente, com mais cara de Beatles da década da metade da década de 1960. Foi um trabalho de recostura e releitura, um trabalho maduro e saudoso, onde se percebe que os Fab Four já não sentiam mais tanto prazer em tocar juntos, mas ainda faziam um trabalho de qualidade. O trabalho de Paul é impecável, dando uma cara diferente a um disco de mais de trinta e quatro anos. 

Ah, meus caros Beatles, ouvir "...Naked" mais uma vez me enche de saudades e de um sentimento fatalista de saber que jamais ninguém, sozinho ou em grupo, será igual ou melhor.

Classificação:

Que você possa ouvir os discos, ambos, e comparar por si mesmo.

Aqui foi o Ladrão de Almas, extremamente feliz por estar curtindo um carnaval pacífico e relativamente silencioso ao som de boas músicas e agarrado com sua família, escondido em meu bunker particular chamado Lar.

M. Euclides.

P.S.: Por incrível que pareça, eu adoro o arranjo de orquestras do Phill Spector. Para mim, tanto o "Let It Be" quanto o "... Naked" são maravilhosos.

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