terça-feira, fevereiro 19, 2013

Jovem Frankenstein

Dia 50 - Felipe P. 48
Young Frankenstein - 1974
Dir: Mel Brooks
Elenco: Gene Wilder, Madeline Kahn, Marty Feldman.
Mel Brooks era um troll antes mesmo que esse termo ganhasse o significado que tem hoje. Era um (ainda é, pois ainda está vivo, só não dirige mais) diretor cujo único prazer era avacalhar com tudo, com tudo mesmo. O sujeito parodiou de Drácula a Star Wars, de Frankenstein a Alien, até lançou títulos totalmente originais, mas suas paródias eram geniais. Em especial, minha favorita: Jovem Frankenstein.
Nela, o neto de Victor Frankenstein, um renomado professor universitário, vive sua vida pacata, tentando se esquivar das comparações ao avô e ao seu trabalho quando recebe a notícia da morte de seu bisavô, que deixa para ele sua antiga mansão e tudo o que há nela, inclusive os empregados.
O Dr. Frankenstein (ou Fronkenstin) se muda para ela e lá encontra as anotações do trabalho de seu falecido avô sobre a reanimação de tecidos vivos. O famoso monstro de Frankenstein. Dono de curiosidade científica (e mórbida), ele decide por em prática os planos do avô e trazer um morto de volta à vida.
E o pior: ele consegue.
Jovem Frankenstein avacalha completamente o clássico da literatura e do cinema de um forma alucinada. Pega todos os elementos que transformaram o original em clássico e deturpa tudo em nome da comédia. Piadas fáceis, humor físico, duplo sentido, Mel Brooks já fazia uso disso muito antes de virar um clichê e perder a classe. Antes de virar vulgar, comum.
O elenco é uma pérola, Gene Wilder, o eterno Willy Wonka, é impecável, Marty Feldman, com aquela beleza peculiar, só de aparecer na tela arranca risadas, Cloris Leachman como a governanta é hilária e Teri Garr aparece no auge de sua beleza.
Assim como muitos outros filmes do sujeito, Jovem Frankenstein possui cenas marcantes que se sobrepõe ao resto da obra, momentos chaves aos quais o diretor reservou aquela piada perfeita, aquele close nos olhos vesgos do Marty Feldman, aquela piadinha que se repete um milhão de vezes e nunca perde a graça...
O humor de Jovem Frankenstein, por vezes, beira o escatológico, mas isso, aqui, é só parte da graça. Até a escatologia de Mel Brook, sob aquela fotografia excelente e contando com atuações tão hilárias, consegue ter classe.
E mesmo só tirando sarro, só parodiando e fazendo piada, Jovem Frankenstein consegue ser um clássico tão grande quanto a obra que o inspirou.

PS: a dublagem nacional desse filme, por si só, é uma obra prima. Chega a deixa-lo ainda mais engraçado.
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