quarta-feira, fevereiro 20, 2013

O - Damien Rice, ou: Nem Só de "The Blower's Daughter" vive o Homem...

Michel 47. Dia 51.

A galera gosta de rotular. Isso me deixa fulo da vida.

Abrir a boca/privada para dizer que Damien Rice é indie é diminuir a obra do cara. É tentar enfiar ele nos moldes de uma indústria fonográfica na qual ele não acredita.

Damien Rice é música, meus caros. E vai muito além de uma simples canção tocada demais (e assassinada em versão por Simone, a undead mais famosa da música brasileira.).

"...what I give to you
Is just what i'm going through
This is nothing new
No no just another phase of finding what I really need
Is what makes me bleed..."


"E o que eu realmente preciso é daquilo que me faz sangrar..."

Cara, essa é uma daquelas frases memoráveis que eu gostaria muito de ter escrito.

"O" (2002) é um disco que discorre (hehehehehe... não pude evitar) sobre a vida, sobre a paixão, sobre sangrar. Sobre amar de longe, sobre roubar corações, sobre trair e perdoar, sobre deixar ir. É um disco para ser ouvido sozinho, com fones de ouvido de alta fidelidade. É um disco para se mergulhar e se esquecer da vida.



Todas são excelentes, da primeira à última. E Lisa Hannigan nos vocais junto com Rice... cara, a voz dela é a voz de um anjo. As vozes deles (Rice tem um timbre de voz rouco e baixo, Lisa canta como uma manhã de domingo) casam-se perfeitamente, o que dá ao álbum uma característica surreal difícil de se encontrar.


Lisa Hannigan: Que linda... e a voz? Ahhh...
Escute "O" e veja a si mesmo nas planícies gramadas da Irlanda, pescando no rio que passa perto da tua casa, tocando violão sob o grande carvalho no topo da colina...

Puxa...



Não tenho muito o que dizer sobre esse disco maravilhoso, pois ele se defende sozinho - e muito bem.

Classificação:






Até a próxima, queridos e queridas que ousam acompanhar o 01PD.

P.S.: Até hoje fico arrepiado ao escutar  "The Blower's Daughter".


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