Dia 51 - Felipe P. 49
Big Nothing - 2006
Dir: Jean-Baptiste Andrea
Elenco: David Schwimmer, Simon Pegg, Alice Eve
Eu sou um fãzaço do Simon Pegg, assisto qualquer coisa
que ele fizer e acho que só por tê-lo no elenco, um filme ou série ganha muito
em qualidade. O caso de Big Nothing, 2006, é que Pegg é só parte num grande
monte de coisas que fazem desse filme uma surpresa tão bacana.
Aqui vemos a história de Charlie, interpretado por David
Schwimmer, o Ross de Friends. Um sujeito pacato que leva sua vidinha com sua
esposa policial e sua filha, esperando que um dia seu livro possa vir a ser
publicado e sua vida dê uma melhorada. Enquanto isso não acontece, ele começa a
trabalhar numa empresa de telemarketing e, no primeiro dia, conhece Gus (Simon
Pegg), um sujeito meio maluco, como qualquer personagem que o Pegg faça. E no
mesmo dia, ele consegue ser demitido.
Sentindo-se culpado por ter parte na curta carreira do
sujeito, Gus faz a ele uma proposta que ele não pode recusar: Gus tem em posse
o histórico de sites acessados por um reverendo da cidade, o cara tem o hábito
de acessar sites ilegais. O plano de Gus é entrar em contato com o
sujeito e arrancar dinheiro dele na base da chantagem. Sem querer chegar em casa
e dizer pra mulher que foi demitido logo no primeiro dia de trabalho, Charlie
aceita.
Nesse meio tempo, entra em cena Josie, personagem de
Alice Eve, ainda mais surtada, ainda mais psicótica e ameaçadora e provavelmente
tenha saído daqui a minha neurose com ela. Josie usa a chantagem que os dois
fariam para chantageá-los, entrar no golpe e levar uma quantia em dinheiro.
Eles ficam sem opção e aceitam.
No dia marcado, na hora marcada e nas posições marcadas,
os três entram em ação: Josie telefona pro reverendo ameaçando-o, Gus vai à
casa do cara pegar a grana e Charlie vai a um bar servir de álibi, mas as
coisas começam a dar errado aí. Uma pequena peça no quebra cabeça dos três não
se encaixa como deveria, Charlie surta, sai completamente do plano e vai na
casa do reverendo encontrar Gus. Chegando lá encontra o reverendo morto, uma
poça de sangue e não encontra Gus.
O que o cara pensa? Ele não pensa, tudo o que faz é
arrastar o cadáver até o jardim e jogá-lo na fossa da casa, amarrado a um anão
de jardim gigantesco e pesado.
Quando volta pra casa do cara, encontra Gus, descobre que
o sangue era dele, havia sido atingido na perna pelo “reverendo” e havia
derrubado o cara, mas não matado.
A partir daí, tudo oque pode dar errado, dá errado. Tudo
mesmo.
Grande Coisa, esse filminho pouquíssimo conhecido, é uma
comédia de erros extrapolada ao nível do impensável. Minimamente calculado, com
todas as pontas devidamente amarradas. Uma coisa redonda, bem contada e bem
pensada.
Cheia de humor negro da mais alta qualidade, reviravoltas
inacreditáveis e, mesmo sendo em sua maior parte uma comédia, e devo dizer, com
umas sacadas e referências muito bem pensadas, te mantém com os olhos grudados
o tempo todo.
A química entre Pegg e Schwimmer é muito boa e Alice Eve
tá bem neurótica o tempo todo, algumas vezes até exagerada, mas acho que é
parte do personagem. As situações tomam rumos bem surpreendentes, poucas vezes
se tornam previsíveis e, mesmo quando isso acontece, parece ser pensado para
causar uma surpresa maior.
É um filme curto, pouco conhecido e com um orçamente bem
pequeno, mas entretém na medida certa e eu recomendo.
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