Vontade - Paulinho Moska, ou: Além das aparências.

Michel 19. Dia 19.

Paulinho Moska é um artista que foge do convencional. Sua música é visceral, simples e masculina; suas letras são reflexivas e extremamente verdadeiras, cheias de questionamentos, dificilmente fechando certezas.

A voz de Moska é versátil, podendo soar forte ou suave, de acordo com a necessidade do momento. A música dele funciona em harmonia, como um conduíte para seus pensamentos: Moska se revela então como uma realidade vasta e profunda, fantasiada de palavras do dia a dia.

E aí temos seu primeiro disco, Vontade (1993). Um disco de Rock, com letras profundas e sentimentais, cheias de significado. Um álbum sincero - às vezes até sincero demais - e verdadeiro, com uma sonoridade despretensiosa mas extremamente caprichada, harmonizada com letras inspiradas e ricas.

Um álbum para momentos específicos da vida, para não ser escutado levianamente, para ser escutado por certas pessoas capazes de mergulhar na miríade de significados e intenções que ele traz/mostra/desperta.

Atenção às faixas: "Me leve", "Vontade", "Leais Inimigos", "Vamos Acordar os Mortos", "Cura da Loucura", "Será que sou eu" e "Trampolim" (vídeo).

Escute sóbrio, dirigindo em direção ao horizonte num fim de tarde, sem olhar para trás nem hora pra voltar. Escute sabendo que são músicas para pensar e sentir, músicas para um momento, músicas que marcam.

Escute.

Classificação:

Aqui falou o Ladrão de Almas, nessa noite de promessas de chuva.

Até amanhã e uma boa noite de sábado.