The Iron Giant - 1999
Dir: Brad Bird.
Elenco: Eli Marienthal, Harry Connick Jr, John Mahoney, Jenniffer Aniston, Christopher McDonald e Vin Diesel.
Brad Bird já fez muita coisa notável em sua vida. Na
Pixar ele dirigiu Os Incríveis e Ratatouille levando, por cada um, um Oscar, o
que por si só já é mérito para uma vida toda. Além disso o sujeito dirigiu o
mais recente (e excelente) capítulo de Missão I possível e, acredite se quiser,
escreveu o roteiro de O Milagre Veio do Espaço. Mas antes dos oscars e das
animações de sucesso, Bird dirigiu um fracasso. Um filme que tinha tudo para
dar errado. Uma animação que levou quase seis anos para ficar pronta, trocou de
diretor várias vezes antes de sequer começar a ser produzida e chegou a ser
abandonada pela Disney. Um filme com um carma tão ruim que quase não conseguiu
se pagar. Essa obra desgraçada se chama O Gigante de Ferro.
Baseado em um livro de 1957 chamado The Iron Man, do
escritor Ted Hughes, The Iron Giant conta a história de um garoto, Hogarth
Hughes, fanático por ficção científica e filmes de terror. Hogarth vive com a
mãe, uma garçonete, numa cidadezinha dos EUA na época da guerra fria. Sem
muitos amigos e sem uma presença paterna, o garoto passa o tempo explorando uma
floresta nas proximidades de casa e, um dia, durante um de seus passeios, ele
se depara com a coisa mais incrível que seus olhos já viram: um gigantesco robô
desmemoriado.
Após um primeiro encontro atribulado e depois de o garoto
ter fugido com medo, os dois voltam a se encontrar e Hogarth percebe que o robô
é inofensivo e os dois iniciam uma amizade no mínimo inusitada.
Agora, o garoto que antes não tinha amigos, tem um amigo
gigantesco que ele precisa esconder de todos. Vale lembrar que a trama se
ambienta na guerra fria e um robô gigante na época de maior paranoia já
registrada nos livros de história, um robô gigantesco passeando pelos EUA não
seria visto com bons olhos. É quando ele tem a brilhante ideia de esconder o
monstro de metal no ferro velho de um artista plástico, Dean McCoppin (dublado
por Harry Connick Jr.). E também é quando os dois passam a ser perseguidos por
um agente da CIA chamado Kent Mansley, que praticamente invade a casa do garoto
e passa a observar cada passo seu, ao mesmo tempo em que McCoppin passa a usar
o robô para facilitar seu trabalho no ferro velho e os dois descobrem que o
robô não é assim tão inofensivo.
O Gigante de Ferro presta uma grande homenagem aos filmes
e séries dos anos 50. Aquela safra de ameaças gigantes, formigas, aranhas, e
dos invasores do espaço numa época em que a paranoia reinava e um autor de
rádio novelas tinha o poder de colocar pânico em toda uma nação. Isso sem falar
das referências a Superman (um alienígena sem memória que encontra abrigo entre
humanos que o ensinam o bem e o heroico), algumas até bastante explícitas, como
na cena em que o gigante gruda um S no peito e ergue o braço na mesma pose
clássica do herói.
É difícil acreditar que uma obra tão competente e com uma
história tão poderosa tenha sido simplesmente ignorado na época de seu
lançamento e que, ainda hoje seja tão pouco conhecido pelo grande público.
O Gigante de Ferro é uma animação brilhante que fala
sobre amizade e heroísmo de uma forma intensa e comovente. Foi um dos primeiros
filmes que eu fiz questão de mostrar ao meu sobrinho logo que ele se mostrou
capaz de passar uma hora e meia sentado na frente de uma TV.
Brad Bird, saído de curtas metragens e episódios dos
Simpsons entrega como seu primeiro longa metragem um clássico. Um clássico
injustiçado e subestimado pelo público, que sequer conseguiu chegar às salas de
cinema fora dos EUA. Uma obra para ser vista e revista.
Uma das curiosidades do filme é o elenco de dublagem, que
conta, além do já citado já citados Harry Connick Jr, com os nomes de John
Mahoney, Jenniffer Aniston, Christopher McDonald e, dublando o gigante, Vin Diesel em seu melhor papel.:)
A dublagem nacional não fica atrás e eu recomendo que se
veja o filme dublado pela interpretação surtada do grande Guilherme Briggs como
o vilão Kent Mansley. É sensacional.
Aqui eu os deixo, com uma das melhores animações que eu
já vi na vida, em mais um dia do 01PD. E eu nunca fiz dezoito postagens num
blog no mesmo mês. Pensando bem... nem no mesmo ano...
-
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar no 01Pd! Seja bem vindo e volte sempre!