Michel 18. Dia 18.
E eu gostaria muito, mas muito mesmo, de estar lá embaixo, no meio da galera, assistindo tudo e gritando:
"This is Rock 'N' Roll, bitch!"
Mas, enfim...
Hoje, falo de Deuses. Dois dos grandes, embora eu acredite que um deles é mais conhecido que o outro.
Gary Moore, guitarrista irlandês muito conhecido por sua voz marcante e sua guitarra ora chorosa, ora selvagem, resolve gravar um disco em homenagem a seu ídolo, Peter Green, fundador da mítica banda Fleetwood Mac.
Seria apenas mais um álbum de covers, se o filho da mãe do Moore não tivesse escolhido as músicas mais fodástico-poderosas de todos os tempos da carreira de Green.
Sacou a do nome? Peter Green - Greeny?
Porra, pra ter um fã do nível do Gary Moore o cara tem que ser o quê, senão, tipo, Deus?
(Por favor, senhoras e senhores defensores da moral, bons costumes, ética e espiritualidade, não se sintam ofendidos com o meu uso indiscriminado do termo "Deus". É apenas para efeito de ênfase e de importância no contexto sócio-cultural do Rock/Blues. Mas, se porventura alguém se sentir ofendido, pode procurar um outro blog para ler. Prometo que, depois de um tempo deprimido, me recuperarei e voltarei a viver sem você. Acho que os ingleses chamam isso de "Get Over It". Então, Get Over It.)
Voltando:
Cara, Peter Green é um dos maiores de todos, junto com o Hendrix, o Clapton, O George... e o Moore! Aí o cara que já é mundialmente conhecido vai e grava um álbum para homenagear um ídolo - e aí nasceu Blues For Greeny (1995). Atenção às faixas: "Long Grey Mare", "Merry Go Round", "I Loved Another Woman", "Need Your Love So Bad", "The Supernatural", "Love That Burns" e "Looking For Somebody".
E eu morro aqui um pouco mais enquanto escuto Blues pelas mãos de Gary Moore e Peter Green. Essa que aí vai chama-se "(I) Need Your Love So Bad", composição de Mertis John Jr, irmão de Little Willie John. O detalhe é que esta música se tornou mais conhecida quando da gravação do Fleetwood Mac. Posto aqui as duas versões - primeiro a do Moore, depois a do Mac.
Um disco para se escutar sozinho, como todo bom Blues, ou acompanhado de um bom amigo que compartilhe do momento, e que já tenha um dia sofrido de amores por uma mulher.
You know what I'm talkin' about.
Um álbum perfeito, redondo, tecnicamente impecável e cheio de amor pelo Blues. Feito de um fã para fãs.
Classificação:
A vocês, queridos leitores, por poucos que sejam, um brinde à qualidade de vida. :)
Aqui falou o Ladrão de Almas, M.Euclides.
Até a próxima.
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