sábado, janeiro 19, 2013

Busca Implacável 2

Dia 19 - Felipe 19
Taken 2 - 2012
Dir: Oliver Megaton
Elenco: Liam Neeson, Maggie Grace e Famke Janssen.

De uns tempos para cá, Liam Neeson decidiu que era astro de ação. Nada de errado com isso, um cara com uma carreira tão consistente merece fazer uma graninha em algum momento da vida. Além disso, essa decisão gerou alguns bons frutos: Batman Begins, Esquadrão Classe A e, em 2008, Busca Implacável (Taken), que eu não gosto tanto, mas teve uma boa recepção do público e da crítica. Em Busca Implacável o personagem de Neeson, um segurança de celebridades com um passado sombrio chamado Bryan Mills, tinha a filha sequestrada por um grupo de traficantes de mulheres que pretendia vende-la para homens ricos do Oriente Médio. Mills não deixou barato e resgatou a filha, mas para isso, matou todo mundo, metade da Terra das formas mais criativas possíveis (minha preferida foi a cadeira elétrica caseira).
Na segunda parte da história, anteriormente dirigida por Pierre Morel e agora assumida por Oliver Megaton (prometo que não vou tentar fazer piada com Transformers), os pais, avôs e filhos e tios e amigos e vizinhos de todo mundo que Mills matou no capítulo anterior se une com um propósito: Vingança!
Claro que é só mais gente pro Neeson matar e que, obviamente, ele mata todo mundo e provê um final feliz para sua família, mas para isso ele vai precisar de um conflito. E dessa vez o conflito vem disposto a sequestrar sua família inteira, não só sua filha. Aliás, a filha é a única que não é sequestrada, dessa vez até Mills ganha um passeio à força, além de sua mulher, Fanke Janssen.
O (pouco) diferencial da trama de Taken 2 é a maior participação ativa da filha de Mills, interpretada por Maggie Grace. Quando o pai e a mãe são sequestrados é ela que vai ao resgate. Pula de prédios, dirige carros em perseguições, atira granadas, a maior parte do tempo exibindo as pernas. E também não há nada de errado nisso. E quando finalmente resgata o pai (e ele vai voltar, e ela está em segurança, e vai ficar tudo bem), Neeson mostra mais uma vez por que é um melhor astro de ação que muito rapaz de vinte e poucos anos que Hollywood tem tentado nos enfiar garganta abaixo nos últimos tempos.
O cara corre, dá porrada e atira como ninguém. E o melhor de tudo, com a postura de um digno badass.
O grande trunfo da franquia Taken é não tentar resgatar o espirito oitentista, não tentar bancar os Mercenários, não fazer piada consigo mesmo. O filme é sério, a ação é séria e, mesmo sabendo que ele vai matar todo mundo, mesmo sabendo que no final do filme ele vai ter matado até a sétima geração de cada um daqueles bandidos, você se importa e teme pelo cara.
Mas nem tudo são rosas em Taken 2. Apesar das melhorias técnicas, (a fotografia é excelente, a trilha sonora e o ritmo do filme melhoraram muito) roteiro é bem safado e chega a repetir sequências inteiras do anterior. Os diálogos então... Em uma cena de tortura o bandidão olha para Neeson (num daqueles clássicos discursos que criminosos fazem antes de sair de cena e deixar o mocinho livre pra matar todo mundo) e fala: “Eu vou te matar. Não vai ser rápido e nem prazeroso”.
Sério? Sério MESMO? Tá bom, então...
Em outra, oque pra mim pode ter sido ou não uma piada, a Personagem de Maggie Grace tem um IPhone na mão (todo mundo tem um IPhone no filme, menos o bandido, que tem um Galaxy) e Neeson diz pra ela pegar uma maleta. Dentro da maleta tem armas, granadas, espadas samurai e... UM MAPA DE PAPEL. Eu achei isso genial. GENIAL!
Tenho de admitir que Taken 2 me surpreendeu bastante. Eu não sou um grande fã do primeiro, as opiniões sobre esse estavam bem divididas e a minha expectativa estava baixíssima. Eu fui ver pronto pra falar mal. E falei mal, mas também curti. E acho até que superou o primeiro.
E o diretor é bem menos sem noção, apesar de ter no currículo o terceiro e pior Carga Explosiva, ele sabe como simplesmente acabar um filme, sem embromar demais. Acabou a ação, morreu todo mundo, seis meses depois, final feliz rapidinho, só pra todo mundo ver que ele tá bem, fim. Acabou. Sem abraço, sem câmera se afastando (em compensação, as câmeras girando...), mas tudo vai ficar bem.
Tudo vai ficar bem.
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