Essa é a capa do disco. Linda, não é? |
Sério, você precisa escutar esse cara.
Helios faz um som instrumental classificado (cautela, cautela com as classificações) como ambient music, electronic, indie, experimental e progressive. Este disco, Eingya, é lindo e cheio de texturas. Sons de água corrente, pássaros, vento, respiração, passos... Uma experiência sinestésica alimentada por violões doces, violoncelos, guitarras distorcidas, a batida eletrônica e um piano melódico.
Lindo. Colorido. Profundo. Escuro. Solitário. Como uma tarde chuvosa.
As músicas se completam e se complementam, sequências de diferentes momentos. Helios entra em sua cabeça e faz você pensar em nada e tudo ao mesmo tempo. Dá vontade de escrever, de contar uma história que não se sabe ainda qual é.
A capa do disco é belíssima. O disco todo o é. Absurdo em sua simplicidade.
O caos da vida diária misturado à rotina e batido, transformado em uma bebida agridoce, metálica e eletrificada. O toque de uma antiga paixão. A luz do fim de tare penetrando pelas frestas do telhado. O barulho do vento nas árvores do quintal. O cheiro da chuva. A risada das crianças. A consciência de que o amor e o amar devem amadurecer e morrer.
Tudo isso é Helios em "Eingya". E mais o bocado que ainda não consegui decodificar e decifrar.
Helios fala para a pele, para as vísceras. Ressoa com o sangue. Microbolhas de um prazer triste. Aquele sorriso que escapa apesar da escuridão.
Melhor consumido quando se está sozinho.
Recomendo demais. Nota dez de dez.
Forte abraço a todos e um bom fim de semana.
P.S.: Estava com saudades de escrever aqui. ;)
Que bom que voltou. Sobre o som, ouvi , e é tudo que você disse. Uma blasfêmia não ouvir.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir