sábado, julho 11, 2015

Tyrant - Episódio 1 2ª Temporada - A Morte não é o Fim



Bem, eu não posso dizer que não sabia o que eu ia ver. O título esse episódio é uma boa pista

(Atenção: Spoilers a frente)

Enquanto o "twist" do episódio 1 foi facilmente previsível, ainda foi muito eficaz. Barry não morreu simplesmente porque não seria um show sem ele, ele viveu porque tudo que temos sobre Jamal nos faz saber que ele nunca mataria o irmão.

Jamal pode ser um sociopata sádico, mas ele sempre colocará um valor alto em sua família. A cerca disso, ele é extremamente indeciso e vê a si mesmo como um herói. As pessoas que ele feriu e matou não eram importantes o suficiente para ele violar essa visão de si mesmo.


A chave para compreensão de Jamal é que ele é muitas vezes uma vitima da sua própria mente - Barry não planejou um um golpe de estado por que Jamal era um déspota narcisista, mas porque ele invejava Jamal e queria machucá-lo. A instabilidade de Jamal vem para cima quando ele deixa Barry para morrer no deserto.

Jamal:"Eu poderia perdoa-lo por me matar, Bassam. Realmente eu poderia. Mas fazendo-me mata-lo... eu nunca te perdoaria por isso. Seu sangue não vai estar nas minhas mãos"

Em que mundo se deixa alguém drogado, sem água, comida e abrigo no meio do deserto e isso não seria uma sentença de morte?

Jamal parece estar tentando ser um líder melhor, mas todos os seus esforços são negados pelo fato de que ele esmaga qualquer tentativa de democracia usando os militares. Ele pode estar tentando limitar as baixas civis, mas é mais motivado pela tentativa de apertar para baixo na rebelião ou porque era o que Barry iria fazer, do que por causa de uma preocupação real para o seu povo.

Foi bom ver Nusrat, a mulher do seu filho, ganhando alguma influência sobre Jamal, pelo menos para o momento. Eu concordo com Ahmed, o filho, que ir embora era a melhor escolha. Os Al Fayeeds estão se tornando disfuncional para um nível totalmente novo, e não é uma situação ideal para se trazer uma criança.

Nusrat: "Esta vida não lhe custa nada. Mas eu paguei por ela. Custou-me tudo. Esse bebê é um Al Fayeed. E eu quero que ele... ou ela tenha tudo que isso significa. Eu sei que pareçe um tipo engraçado de vingança, mas é tudo que tenho"

A rebelião está aumentando, e Leila, esposa de Jamal, é alheia aos dissidentes que trabalham com ela. É muito ruim que ela não compreenda o quão é importante a percepção global já que ela é a força motriz por trás de Jamal. Enquanto ela não é nenhuma santa, ela certamente ajudaria a mantê-lo em equilíbrio e ela tem algumas metas admiráveis


.

Tariq, o tio, e o resto da velha guarda, não ajudam com a sua incapacidade para sugerir outra coisa senão a força bruta e a supressão completa daqueles que discordam de Jamal. Há uma desconexão real entre o país que Jamal e Leila pensam que encaram e as táticas que eles empregam para governar.

Mas parecem não haver quaisquer opções pacificas para derrubar Jamal agora que Barry está preso. Os liberais se uniram com os islamitas radicais de Rashid e estão explodindo alvos militares. Isso só leva as mais brigas intermináveis com o exercito.

Fauzi é o único defensor de uma abordagem não-violenta, e ele está se mudando para Amsterdam. O desejo de sua filha para ficar pode não ser de seu próprio interesse, mas ela pode achar que fugir não resolve nada.


Molly, a esposa de Barry, deixou Abbudin e voltou para os filhos na Califórnia. Todo mundo está certamente mais seguro lá, mas eu tenho um sentimento de que eles voltarão em breve. Sammy é o único que ainda pode (de alguma forma) precisar de uma chamada para despertar que Abbudin não é nenhum paraíso, então ainda pode voltar.

Eu realmente gostaria que Emma percebesse que ela sendo uma adolescente, tem uma plataforma para falar sobre Abbudin. Ela está sempre focada na justiça social e o quanto seria importante ela se tornar uma ativista, sendo da família e estando longe do alcance de Jamal.

A maior reclamação sobre a série tem sido que a cultura de Abbudin ainda seja tão pouco desenvolvida, Devemos entender que se trata de um país ficticio que existe dentro das realidades geopolíticas do real Oriente Médio.


Síria, Egito e Líbia foram todos referenciados na série, mas não temos uma ideia sobre os costumes sociais e leis do fictício país. Muita coisa na primeira temporada de Tyrant sofreu por causa dessa representação superficial. Espero que agora que Barry navega nos círculos mais baixo de Abbudin possamos ganhar mais conhecimento sobre  seus povo. Só vai ajudar a contar melhor a história.



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