sábado, abril 04, 2015

iZombie - Episodio 2


Dois zumbis andando em um necrotério - 

Se o principal objetivo do piloto era explicar "o que é Liv?", o episódio dois sinaliza que iZombie também está interessado em seus porquês. iZombie é um monte de coisa além de ser sobre investigação criminal, um local de trabalho com toque de comedia, uma relação triste e semi-drama; mas a cola que mantem tudo isso junto é o status de Liv como zumbi. É a coisa mais importante que é informada por todos os quadros e o tempo todo de cada episódio. Uma série com ambições menores poderia fazer Liv um zumbi e simplesmente tomar o caminho da investigação criminal como o seu centro, mas esta é uma série com maiores ambições. iZombie quer entender Liv-inteligentemente que se expressa através do desejo de Liv de compreender a si mesma e sua evolução como uma morta-viva E a compreensão começa aqui, através da introdução do zumbi que transformou Liv no que ela é agora.

Sim, acabamos de encontrar o bicho-papão zumbi misterioso da festa no barco. E essa é a melhor coisa a se fazer neste tipo de mitologia que se inicia, trazer a luz o antagonista necessário para Liv. O zumbi Fellow Blaine (David Anders, em uma explosão absoluta) comunica imediatamente as suas talvez-não-nobre-intensões, não só vai ao necrotério assim que descobre que liv está a sua procura, mas também faz uma entrada digna de um inimigo em potencial. O tipo legal, cheio de boas intensões, que silenciosamente fica a espreita para pegar as pessoas desprevenidas. Um cara legal que entra pela porta e anuncia sua presença. Mas a melhor coisa sobre Blaine é que ele obviamente não é um cara legal, mas que passa muito do seu tempo fingindo ser um a fim de obter o que ele quer de Liv, ou genuinamente tentando ser um, a fim de mudar de vida. Todas as suas interações com ela são tingidas com ele jogando completamente de inocente sobre tudo, inclusive seu papel na trancisão de Liv para zumbi, tudo isso enquanto jura que está tentando viver uma vida mais simples. E o que ele pede a ela? Alguma ajuda na aquisição de cérebros através de seu acesso ao necrotério.

O humilde apelo de Blaine parece totalmente sincero, se o publico não estivesse a par para o outro lado da imagem de Blaine. Como ele está explicando para Liv ele só quer ser menos um escravo de sua necessidades na nova vida-morta. Mas logo depois o vemos no meio de uma paquera com uma mulher mais velha em um bar, para em seguida transforma-la em um zumbi. É a sua primeira vitima da sua nova vida. Obter dinheiro fornecendo cérebros frescos e ele mesmo criando a demanda. É suave e predatório é, obviamente, algo que ele já fazia antes, ou pelo menos algo similar. É a aprendizagem de Blaine, seus laços com trafico de drogas e da Utopium que pode ter causado o surto zumbi é tudo como ele faz de forma atraente daqui para frente. Que tudo isso seja tão bem clarificado já no episódio dois é muito danado de impressionante.

Embora a introdução de Blaine seja o aspecto mais interessante deste episódio, a estrutura da série ainda está muito no caminho do assassinato da semana ocupando maior parte do tempo de sua exposição. Felizmente os casos tem sido descente, principalmente porque eles representam uma oportunidade para Rose McIver e o elenco de apoio terem algum divertimento. No caso desta semana, um artista plastico adepto do poliamor chamado Javier é assassinado e o Detetive Babineaux está de olho na esposa Lola (Judy Reyes) como principal suspeita, apesar das objeções de popa de Liv. O apetite do artista para a beleza e o sexo é a chave aqui, e depois de degustar seu lóbulo temporal Liv rapidamente torna-se uma muita (e muito divertida) amante da amante do artista e eroticamente atraída pelo namorado da amante (acho que vocês entenderam). As voltas e mais voltas aqui, são um passo a frente, assim como no piloto, para se chegar ao assassino. Os casos tem sido divertidos e interessantes o suficiente para se manter no centro da série, enquanto coisas mais interessantes podem surgir em torno deles.

Liv e sua nêmesis

A única coisa da série que ainda não está bem conectada é a vida passada de Liv, especialmente no caso do ex-noivo Major. Robert Buckley, está fazendo um bom trabalho, o personagem é uma ironia para todo o conjunto, e os sentimento de Liv sobre ele vão e vem em alguns momentos, é uma coisa quebra um pouco o ritmo de tempos em tempos. Parte disso é porque temos literalmente uma cena deles, juntos em êxtase diante da vida anterior de Liv que foi dilacerada, mas a maioria das questões parecem ser decorrentes do fato que, até agora, todas as motivações de Liv para procura-lo vieram de traços de personalidades que ela absorveu através da ingestão de cérebros. A Liv que fica amorosa e vê o mundo tão cheio de beleza é porque ela comeu o cérebro do artista não é a verdadeira Liv; a Liv verdadeira é obscurecida pelos sentimentos de outra pessoa, alguém que é em última instância é irrelevante para a história. Liv ganhando traços da personalidade da vitima de assassinato é um aspecto inteligente e divertido da série, mas quando se trata da angustia de Liv em conexão com o seu passado, uma linha clara entre o que é Liv e o que é influencia de outros se faz necessária para percorrer o longo caminho de desenvolvimento de seu personagem, e por sua vez Major, de uma forma mais crível.

Para credito de Major, ele pelo menos tem que mostrar um comportamento distinto em lidar com o comportamento muito confuso de Liv, chutando-a quando ela tenta beija-lo e explodir sobre todas as maneiras que ela o rejeitou  desde o fim inexplicável do noivado. É dificil ver como Major pode continuar a ser um personagem relevante na vida de Liv daqui pra frente (especialmente considerando que esta luta seria o fim lógico para a maioria dos casais)) por isso, se os roteiristas de iZombie estiverem comprometidos com do "Full ono Major como um potencial interesse amoroso daqui pra frente, eles certamente terão que ter mais algum trabalho a fazer para torna-lo crível.

Ainda assim, essa é uma reserva menor no grande esquema da paisagem global da série, que está impressionantemente sólida para apenas dois episódios. A promessa de mais mitologia em torno de Blaine é um mergulho mais profundo sobre as origens e existência do lado zumbi deste mundo para adoçar o negócio.

Colocando as coisas nos eixos

- A repescagem premissa da abertura é provavelmente necessária para fins de orientação, mas é um pouco estranha (Esse tipo de coisa quase sempre é, no entanto). Pelo menos os créditos são diversão suficiente para superara esse pouco de estranheza.

- E a coisa do "Full on mod Zumbi" foi um pouco mais agradável quando mais sutil. Eu acho que era o som. O som do piloto era muito mais ruim

- Eu tenho dúvidas sobre como Blaine fez Liv virar um zumbi. Isso é sexualmente transmissível no final?. Foi ao arranha-la. Como a droga Utopium entra em tudo isso. Espero que os porquês do vírus zumbi (na hipótese de ser um vírus) sejam algo que esteja na pauta dos escritores da série, eventualmente


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