sábado, março 07, 2015

What We do in The Shadows (2015) (O que fazemos nas Sombras)



Os protagonistas vampiros do pseudo-documentário de horror, O que Fazemos nas Sombras podem se parecer com criaturas de hábitos noturnos, mas o que eles são mesmo é lento e muito burros de uma maneira peculiar. Enquanto um deles usa uma conveniência moderna como o eBay para "fazer seus lances obscuros", o resto deles dependem exclusivamente da sua inteligencia limitada e servos humanos. Por isso é justo que eles acabassem se tornando o tema central de um Reality Show do tipo vida real em um estilo documental. Os caras que fazem está engraçada e surreal comédia não são desta época: eles tem um caminhar fortemente acentuado, se assemelham a cadáveres vestidos com blusas de babados desgastadas pelo tempo e são engraçadamente deslocado e fora de contexto. Essa é a fonte de um monte de energia e gags habilmente cronometradas.


Seus protagonistas, os neozelandeses Jemaine Clement e Taika waititi, que ao mesmo tempo dividem entre si a direção e o roteiro, tem suas rotinas ancoradas em improvisações, Como resultado, o que temos aqui é um irrepreensível e charmoso filme com ar de produção B que nunca se mantem preso as boas vindas, ele vai dando mais ao longo de sua exibição, e é tanto conceitualmente inteligente como admiravelmente bem executado.

Caso em questão, O que Fazemos nas Sombras, imediatamente pontua varias gargalhadas na sua primeira cena. Depois do por do sol, Viago (Waititi) chama seus três excêntricos colegas de quarto para discutir sobre as tarefas domesticas, o mulherengo frustrado Vladislav (Clerment) cujo os pelos faciais e a o casaco de pele fazem parecer algo suspeito como um roqueiro australiano tipo Nick cave. Mas o jovem rebelde Deacon (Jonhatan Brugh), que já não é mesmo de 200 anos atrás, expressa seu comportamento não lavando as louças que ele utiliza (Ok, vampiros não usam pratos em suas refeições, mas lembrem-se, não estamos falando de criaturas da noite como conhecemos), enquanto o milenar Petyr (Ben Frasham), um primo distante com um visual vampiro semelhante a criatura Nosferatu de FW Murnau,  que não se importa em se livrar dos restos humanos que ele larga em um canto do apartamento,


O grupo de Viago é bastante definido em suas maneiras, até que eles atacam Vire Nick (Cori Gonzale Macuer), um cara de classe operária que parece um hooligan de futebol e o transformam em vampiro. A entrada de Nick para o grupo tem previsivelmente um grande impacto sobre os demais: Pra começar, Nick ajuda seus desumanamente velhos amigos a esgueirasse em casas noturnas que anteriormente eles não foram autorizados a entrar. Essa piada encapsula perfeitamente as melhores qualidades do filme. Assistir vigo e seus amigos tentando entrar em vários clubes é uma torção inerentemente inteligente em se tratando do que sabemos sobre essas criaturas: Sugadores de sangue não podem entrar em qualquer lugar sem ser convidado. Mas vendo as frustradas e indelicadas tentativas do grupo em torno dos leões de chácaras e porteiros em uma sequencia de montagem perfeitas em ritmo acelerado, faz uma piada já engraçada ainda mais engraçada. Você pode ouvir o Vladislav de Clemente protestando em segundo plano enquanto Viago e Waititi explicam energicamente através de uma narração  o porque de seus amigos sempre acabarem "em o mais quente clube de vampiros da noite", ou seja, sempre vazio.

Nesta breve cena podemos ver porque que o filme é uma comédia real em vez de um veículo de estrelas glorificadas por Clement, a mais famosa das estrelas menores da consistência ao filme. A única exceção a esta regra é Gonzales Macuer, como Nick que não tem muito o que fazer, dada o papel menor de seu personagem como um "outsider"/catalisador. Mas Gonzales pelo menos se destaca durante uma cena de arremesso-sangue-vômito bruta, uma gag explicita que ele executa com prazer consumado.


Clement é previsivelmente grande com um bruto mau humor, junto com Waititi fazem as performances de destaque do filme.O estilo nervoso e "nice-guy" de Waititi é soberbo em cena, Especialmente em uma em que Viago leva uma vitima para casa, uma estudante universitária que pescou em um chat, e coloca jornais em baixo dos seus pés (faz o melhor que pode para não sujar toda a sala com o sangue do seu jantar), é quando ele oferece uma das maiores risadas do filme enquanto divaga para Nick sobre a condição desumana de ser vampiro.

Muitas cenas são sentidas como muito bem feitas encolhidas em comédia, como a cena vômito de sangue acima mencionado. E a química do grupo realmente não pode ser exagerada. Isto é especialmente verdadeiro na cena onde Viago e sua turma, literalmente, alçam o voo enquanto assobiam um para o outro, como  gatos selvagens no ar. Você tem que considera-los bons comediantes que são especialmente bons em traduzir um aparente behind-the-scenes em  alegria e risos (assista a cena em que eles perseguem Gonzalez-Macuer em torno da casa no estilo "Scooby Doo", e me digam se  o que eles estão fazendo não é uma explosão) em um apertada comédia. Pode parecer que não há nada para "O que fazemos nas sombras", mas é preciso muita habilidade mesmo para ser bobo assim.

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