Dia 201, Assis Oliveira - Cinedocumentario
Filme/Documentário: Religulous (2008) IMDb 7,7
Direção: Larry Charles
Apresentações: Bill Maher e outros (entrevistados)
Duração: 102 min
Religulous é um documentário cômico escrito e estrelado pelo humorista americano Bil Maher e dirigido de Larry Charles (Borat). O titulo é uma brincadeira com duas palavras inglesas, religion e ridiculous.
Bill Maher, comediante de stand-up e apresentador de Talk Shows da TV Americana, é uma cara muito engraçado. E inteligente também. Ele me chamou a atenção desde que o vi a primeira vez na TV fechada, apresentando seu programa de entrevista diário no mesmo formato do nosso Jô Soares. De cara se percebe o ceticismo do cara no seu programa e ele faz disso sua marca registrada. Não tem pergunta que ele não se sinta desconfortável em fazer a seus entrevistados.
Em 2008 deve ter percebido como seria perfeito para ele fazer algo parecido com Borat, com uma abordagem mais séria, sem no entanto perder o bom humor. E ele faz exatamente isso, não perde a piada... mesmo que isso signifique expor o ridículo das certezas de seus entrevistados. Como aqui o tema é religião, o ridículo é algo visitado com frequência.
Bill sempre tirou uma onda com os crentes, mas nunca numa proposta tão direta como ele mesmo afirma em certo momento. Religulous é um filme inteligente, e de certo vem somar muito para o momento de maior conscientização dos efeitos nem sempre benéfico da religião para o mundo. Bill entrevistas pessoas comuns que estão totalmente desatualizadas, que acreditam por exemplo poder fazer chover, e até senadores americanos que acreditam em serpentes falantes. Visita também o triste cenário politico americano aonde alguns servidores públicos ainda não acreditam na Teoria da Evolução (Inclusive gente que teria quase obrigação de compreende-la racionalmente), embora seja já aceita em toda a comunidade cientifica. Bill entrevista judeus (que não acreditam no estado de Israel), muçulmanos, muçulmanos gays, padres, cientistas, ex-gay agora convertido e ate uma reencarnação de Cristo. O cômico do documentário fica por conta das respostas dadas pelos entrevistados e suas convicções furadas e distorcidas sobre suas religiões. Apesar de engraçada, também é trágico que em pleno século 21 existam pessoas com ideias medievais ocupando cargos importantes e a grande movimentação de dinheiro envolvida nas religiões.
Uma das coisas que sempre me surpreende em religião é o numero de pessoas, até mesmo e de certo modo esclarecidas, mas ingenuas, que estão dispostas a acreditar no discurso religioso. Bill aparece ao iniciar o documentário no lugar sagrado, conhecido como Meggido em Israel, onde segundo o Livro do Apocalipse se iniciará o "fins dos tempos", ou fim do mundo como conhecemos e que é prometido a cada novo milênio na terra. Neste lugar, segundo os cristão, Jesus aparecerá em sua segunda vinda, e aqueles que nele acreditam serão salvos. Bill explica que antes do Apocalipse, só Deus podia acabar com mundo e agora infelizmente o homem tem também esse poder. E antes do homem aprender ser racional ou ser pacifico ele descobriu as armas nucleares e a poluir numa escala global e catastrófica. O que temos aqui? Uma profecia auto-concretizável. Algo que ele odeia mais do que uma profecia.
Bill sempre tirou uma onda com os crentes, mas nunca numa proposta tão direta como ele mesmo afirma em certo momento. Religulous é um filme inteligente, e de certo vem somar muito para o momento de maior conscientização dos efeitos nem sempre benéfico da religião para o mundo. Bill entrevistas pessoas comuns que estão totalmente desatualizadas, que acreditam por exemplo poder fazer chover, e até senadores americanos que acreditam em serpentes falantes. Visita também o triste cenário politico americano aonde alguns servidores públicos ainda não acreditam na Teoria da Evolução (Inclusive gente que teria quase obrigação de compreende-la racionalmente), embora seja já aceita em toda a comunidade cientifica. Bill entrevista judeus (que não acreditam no estado de Israel), muçulmanos, muçulmanos gays, padres, cientistas, ex-gay agora convertido e ate uma reencarnação de Cristo. O cômico do documentário fica por conta das respostas dadas pelos entrevistados e suas convicções furadas e distorcidas sobre suas religiões. Apesar de engraçada, também é trágico que em pleno século 21 existam pessoas com ideias medievais ocupando cargos importantes e a grande movimentação de dinheiro envolvida nas religiões.
Uma das coisas que sempre me surpreende em religião é o numero de pessoas, até mesmo e de certo modo esclarecidas, mas ingenuas, que estão dispostas a acreditar no discurso religioso. Bill aparece ao iniciar o documentário no lugar sagrado, conhecido como Meggido em Israel, onde segundo o Livro do Apocalipse se iniciará o "fins dos tempos", ou fim do mundo como conhecemos e que é prometido a cada novo milênio na terra. Neste lugar, segundo os cristão, Jesus aparecerá em sua segunda vinda, e aqueles que nele acreditam serão salvos. Bill explica que antes do Apocalipse, só Deus podia acabar com mundo e agora infelizmente o homem tem também esse poder. E antes do homem aprender ser racional ou ser pacifico ele descobriu as armas nucleares e a poluir numa escala global e catastrófica. O que temos aqui? Uma profecia auto-concretizável. Algo que ele odeia mais do que uma profecia.
Seus entrevistados em geral são de um cinismo a toda prova, mas seus argumentos de uma certeza egoísta, quando muito enraizado, Bill os desmonta com bom humor. Em alguns lugares ele nem consegue filmar, sua reputação o precede. Não consegue entrevistar um Mórmon é expulso do Vaticano, mas a entrevista com um padre católico na Praça de São pedro é uma das melhores, e você não vai acreditar no que ouve do padre. Perguntado sobre toda aquela suntuosidade e poder do prédio ao seu redor não contradizia a mensagem do mestre, ele responde que sim, que é obvio, mas que se ele fosse o chefe, provavelmente estaria lá, e Jesus em alguma barraca no subúrbio de Roma. Essa é uma das melhores.
Eu recomendo este documentário se apenas você não for um fanático religioso e consegue aceitar como deseja seu criador, a premissa que as religiões e sua irracional influência está perto de nos conduzir a um final em que não precisaremos de um apocalipse divino. Faremos ele nós mesmos. Afinal, porque se preocupar com o que fazemos com o planeta se em vinte ou cinquenta anos os cristãos crentes serão arrebatados para um céu? e se você não quiser ser deixado para trás é só se converter, pois nunca é tarde!
Das coisas que vi nesse documentário, é que mais me chamou a atenção foi um senador de um estado dizer que não precisava fazer um teste de qi pra ser senador. Pessoas inteligentes se tornam reativas ao extremo e irracionais.
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