Uma tarde quente e nublada. Inesperada. Uma vontade louca de escrever, de pensar, de dizer - mas sem saber direito o quê. Vagando entre as opções, encontro o disco "Kind Of Blue"(1959), de Miles Davis.
As canções são trabalhadas à perfeição, e o que se ouve é um grupo de pessoas que transformam seus pensamentos em música de uma maneira tão harmônica que fica quase impossível não perguntar se isso é algo real.
Misto de tensão e relaxamento, um caos calmo se instala em você ao ouvir o jazz de Miles. Sem perceber, você é levado pela música a um lugar que não conhecia. E sem vontade de voltar.
É um disco atemporal, poderoso e cheio de personalidade. Para ser ouvido naqueles momentos introspectivos, naqueles dias nublados e quentes em que a vida parece se repetir sem nenhuma originalidade. Surge como uma salvação e proteção contra a loucura da falta de sentido.
Um disco essencial para a vida. Escute quando estiver sozinho, ou preso num engarrafamento, ou cercado de gente no ônibus, ou antes de dormir.
Nada é tão exageradamente tocante quanto a musica Miles
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