Ainda na vibe dos Beatles, vou falar um pouco sobre as canções do Álbum de 2014 "The Art Of McCartney", onde grandes nomes da música internacional entregam versões de sucessos da carreira de Paul. Em sua maioria, obtiveram sucesso. Abaixo uma análise curtinha sobre cada uma das faixas.
Artistas que fazem seu tributo ao Paul neste disco. |
Maybe I’m Amazed: Billy Joel – Sua versão ficou apaixonada e
intensa. A voz melodiosa e o arranjo mais puxado deram uma roupagem mais rock à
canção.
Things We
Said Today: Bob Dylan – Deu sua cara à música. A voz rouca e o violão
folk transformaram a música num rock light.
Band On The Run: Heart – Tão boa quanto a original (o
arranjo inclusive ficou idêntico).
Junior’s Farm: Steve Miller – Achei fraca a versão. Não
gostei.
The Long And
Winding Road: Yusuf/Cat Stevens – Excelente, emocionada, clara e simples.
My Love: Harry Connick, Jr. – A canção apresentada pelo
crooner ficou com cara de clássica.
Wanderlust: Brian Wilson – profunda, sincera e bela, como todo
o trabalho de Wilson.
Bluebird: Corinne Bailey Rae – Doce e sensível, com sua voz
inesperada. Linda versão.
Yesterday: Willie Nelson – Entrega o que se espera – uma
linda versão, feita praticamente apenas com voz (grave e melodiosa...) e violão
(o acréscimo do acordeon foi um toque de genialidade).
Junk: Jeff Lyne – Conseguiu captar o sentimento do Paul na
música, rica em texturas e camadas.
When I’m Sixty-Four: Barry Gibb – Conseguiu deixar a música
linda como a original, cheia de amor e reverência.
Every Night: Jamie Cullum – Claramente amadurecido, entrega
uma versão poderosa e contida.
Venus And Mars/Rock Show: Gene Simmons & Paul Stanley – Uma
sonoridade misteriosa, rica e profunda.
Let Me Roll It: Paul Rodgers – Com sua voz estratosférica e
muitas guitarras, faz um rock insano, cheio de entrega.
Helter Skelter: Roger Daltrey – Entrega uma Helter Skelter
com cara de Classic Rock, na medida certa entre controle e insanidade.
Helen Wheels: Def Leppard – Um rock com pegada de anos 1960,
rapidinho e agradável.
Hello Goodbye: The Cure & James McCartney – Rica em
múltiplas sonoridades, essa versão consegue ser tão divertida quanto a
original, com uma pegada leve de punk rock.
Say Live And Let Die: Billy Joel – Grandiosa como a
original, mas modernizada. A voz de Joel entrega um componente de loucura que
não existe na de Paul. Excelente.
Let It Be: Chrissie Hynde – Uma linda versão, sincera e
pura, cheia de reverência. A voz falhada de Chrissie dá um toque diferenciado
de beleza.
Jet: Robin Zander & Rick Nielsen – Gostei desta. Não
inventou demais, respeitou a original. Mantém a mesma energia. A dupla
beneficiou a música.
Hi Hi Hi: Joe Elliott – Uma canção dançante, executada com
um arranjo que privilegiou a voz e a interpretação de Elliott.
Letting Go: Heart – Puro Rock ‘N’ Roll, feita por quem sabe.
Souberam inovar sem desfigurar a original.
Hey Jude: Steve Miller – Ele estragou a segunda canção do
disco. Não tem voz. O arranjo é pobre. Ele é um cocô cantando.
Listen To What The Man Said: Owl City – Achei pop demais a
versão. Não gostei.
Got To Get
You In My Life: Perry Farrell – Muito boa. Rica nos detalhes, com um
arranjo bacana cheio de metais. Tão boa quanto a original.
Drive My Car: Dion – Inovaram nos arranjos e na interpretação,
mas ficou tudo bem. Gostei da cara diferentona da canção.
Lady Madonna: Allain Toussant – nunca gostei muito de “Lady
Madonna”, então essa para mim tanto fez. Não é grandes coisas.
Let ‘en In: Dr. John – Não gostei dessa versão. A música é
colorida de mais, e a voz do Doutor é muito monocromática.
So Bad: Smokey Robinson – Aqui não tem como errar. Muito
boa. Smokey detona e canta uma versão tão linda quanto a original.
No More Lonely
Nights: The Airborne Toxic Event – Belíssima versão. Emocionado aqui. A
mais bela do disco.
Eleanor Rigby: Alice Cooper – Outro que soube permanecer
fiel ao original, ainda que dê sua cara sombria à música. Ficou muito boa.
Come And
Get It: Toots Hibbert & Sly & Robbie – Muito bom! Animada e
bonita, balançante com uma pegada de reggae.
On The Way: B. B. King – Também não há como dar errado. King
e Lucille entregam uma belezura interpretada com paixão.
Birthday: Sammy Hagar – Muito boa! Tão bacana quanto a
original.
Can’t Buy Me Love: Booker T. Jones – Excelente versão
instrumental! A energia está toda lá. (música bônus).
P.S. I Love You: Ronnie Spector – Uma linda versão meio
vintage desse clássico. Excelente. (música bônus).
Setlist. |
No geral, um bom disco como curiosidade, mas irrelevante para o trabalho de Paul. Ou para a apreciação dos fãs.
Abraços e até a próxima.
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