domingo, fevereiro 08, 2015

Fantasmópolis


Fantasmópolis conta a história de dois personagens centrais.
Um deles é Frank Gallows, um dos agentes menos respeitáveis do Centro de Operações da Força-Tarefa de Imigração Sobrenatural, uma espécie de alfândega do reino dos mortos. Gallows é o responsável por apreender e deportar os espíritos errantes que insistem em cruzar as fronteiras entre os dois mundos, seja por apego ao material, seja por questões mal resolvidas. Gallows vai lá, como um policial, e manda o espírito de volta para o outro mundo.

O outro personagem é Garth Hale, um garoto às portas da morte, com uma doença incurável e que cujo tempo de vida restante é indeterminado. A rotina de Garth é visitar médicos e mais médicos com a mãe em busca de opiniões profissionais otimistas. Mas a resposta é sempre a mesma: Garth vai morrer.
O agente Frank Gallows
Os caminhos de Frank e Garth se cruzam quando, durante uma operação desastrosa, o agente deixa escapar um cavalo fantasma (um gigantesco esqueleto quadrúpede) e este, por sua vez, acaba arrastando Garth vivo (mais ou menos) para o mundo dos mortos, a cidade de Fantasmópolis.
Nesse momento, Gallows se vê obrigado a ir pessoalmente ao outro lado encontrar Garth e trazê-lo de volta ao mundo dos vivos.
O garoto Garth Hale
A HQ de 2011 é escrita e desenhada pelo americano Doug Tennapel, criador de um personagem de relativo sucesso na Tv e no mundo dos games, o Jim Minhoca (Earthworm Jim). Tendo apenas isso como referência, se você espera algo sério, pode esquecer. Fantasmópolis é divertida, engraçada e até mesmo emocionante em alguns momentos. Tem passagens épicas e outras hilárias, tem um ritmo que não cai por nada. Se baseia em referencias históricas, faz uso de fatos e personagens reais para contar uma história criativa e riquíssima, diferente de tudo!
A arte de Tennapel faz tudo tornar-se fluido, rápido e leve. De modo que as quase 300 páginas passem rapidamente, tornando a leitura ainda mais viciante. A organização dos quadros colabora com o ritmo perfeito da revista. E o texto de Tennaple é quase genial.
A HQ é permeada de personagens carismáticos, desde o agente desmotivado ao garoto sem esperanças, ao vilão com seu plano maléfico de dominação, cada um deles tem uma motivação funcional a serviço da história.
Tem de tudo no universo criado por Tennapel, fantasmas, zumbis, dinossauros, múmias e monstros gigantes. E isso não se torna cansativo em momento algum.
E, juntando tudo isso a uma guerra entre reinos e um tirano megalomaníaco, Fantasmópolis ganha contornos épicos, uma trama cheia de reviravoltas e um final excelente!
A revista foi publicada no Brasil pela Editora Ática, recebeu um tratamento cuidadoso e é disponibilizada de forma bastante acessível.

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