domingo, outubro 05, 2014

Blue (1971) - Joni Mitchell, ou: "Você está em meu sangue como vinho sagrado..."


Uma música capaz de te arrepiar e encher teus olhos de lágrimas não deve ser tratada como algo comum. Antes, é de se saber que esta é, na verdade, uma porta para tuas profundezas - lá onde tua essência dorme.

Hoje falo de Joni Mitchell, de uma voz divina como um coral de anjos, e de uma habilidade com o violão que ultrapassa o que pode ser descrito em palavras. Esta canadense que transforma música em sentimentos tornou-se, recentemente, parte de minhas playlists constantes, e eu queria dividi-la com vocês, 01PDnautas, pois estou apaixonado pela forma como ela se desdobra em poesias.



Falemos então de "Blue", o quarto disco dela, lançado em 1971. "Blue" - uma cor e uma tristeza - é um álbum minimalista, bonito, intimista e poderoso. É daqueles que você escuta aos fins de tarde enquanto observa o horizonte com olhos sonhadores. É daqueles que despertam doces lembranças, e que te fazem buscar na memória todas as curvas do caminho que te trouxeram até aqui.

"Blue" fala de amores, amigos, pais e irmãos. Joni nos presenteia com a beleza simples de sua voz poderosa e seu violão infinito/impossível. É incrível como uma artista desta magnitude, que serve de referência a tantos artistas, seja tão pouco comentada. E enquanto ninguém - ou quase ninguém - a conhece, eu viajo junto. Destaque para "All I Want", "Blue", "California", "A Case Of You" e "The Last Time I Saw Richard".

Selo "Joni Mitchell" de Diva e Musa. Junto com Bethânia.
"Blue" é uma experiência. Perca-se na voz múltipla de Joni e siga, misturando passado e futuro, mesclando lembranças e esperanças, contando mentiras e promessas. Embriague-se com a música de Joni Mitchell, sua sinceridade e sua entrega.

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