O BEBÊ DE ROSEMARY NÃO PODE ESCAPAR DA INFLUÊNCIA DO PAPA POLANSKI
O remake para TV de O Bebê de Rosemay tenta ser inteligente para assustar com sua maldade. Tecnicamente, talvez nem seja um remake, mas na verdade uma outra facada em adaptar o romance de Ira Levin. O primeiro, é claro, foi a clássica versão de Roman Polanski de 1968, estrelado por Mia Farrow como a incubadora do bebê diabo e John Cassavetes como seu marido ator, um cafajeste friamente ambicioso que aluga a barriga da esposa a um culto de bruxas em troca de sucesso na carreira.
Esta versão minissérie mantem algumas imagens memoráveis e choques da versão de Polanski e acrescenta mais enredo, personagens, gore, sequencias de sonhos e muda a coisa toda de Nova York para Paris. Por quê?
Escrito por Scott Abbott e James Wong (um veterano de X-Files), e dirigido por Agnieszka Holland de o Jardim Secreto, esse bebê é como um golpe que mais cedo ou mais tarde vai lhe agarrar no meio de uma alusão, um simbolo, ou uma sensação fugas do que ele tenta se afastar, mas não consegue: o original de Polanski. Desta vez, Rosemary (interpretada por Zoe Saldana) é uma ex-bailarina, e seu marido Guy (Patrick J. Adams) é um escritor; ela o apoiou no inicio de sua carreira literária, e agora ele conseguiu um emprego de professor na Sorbonne: Mesmo assim há uma nuvem após a essa mudança. Eles querem ter um filho, mas Rosemary recentemente sofreu um aborto espontâneo depois de quatro meses de gravidez, e qualquer tentativa sera considerada de alto risco.
Os cineastas desta produção tem expandido o mundo do romance de Levin, acrescentando alguns toques que lhe dão um aspecto de casa mortuária de filmes de terror com sentimento italiano (as imagens gordurosas nas cenas de sexo e sequencias de sonho lutando por uma qualidade de Dario Argento, sem muito chegar lá), ainda transformaram a minissérie em uma homenagem parcial a Polanski no geral, o que é lamentável, considerando um Polanski com uma certa indiferença a produção, a composição da atmosfera e o ritmo de edição. O apartamento para o qual o casal se muda em Paris é basicamente uma casa assombrada com um legado de violência e perversão, um pouco como o Hotel Overlok em O Iluminado ou o hospital de O Reino de Lars Von Trier. A minissérie começa com um flashback de uma mulher cometendo suicídio ao se lançar da varanda do apartamento. Depois que o casal se muda para o apartamento, Rosemary começa a vê atirando-se do mesmo lugar, as vezes quem a empurra é o marido. Isso nos lembra um pouco o filme O Inquilino de 1976, também de Polanski.
O casal desembarcou no apartamento através de sua amizade com Roman e Margaux (Jason Isaacs e Carole Bouquet); estes são mais jovens e mais sexy aqui que na versão de 1968 dos atores Ruth Gordon e Sidney Blackmer, e eles dão também aqui a história de fundo. Durante uma festa no apartamento do casal, Rosemary vagueia longe da ação principal e abre a porta de um quarto, onde ela alucina (ou apenas vê) um misterioso homem de olhos azuis, envolvido em um ménage à trois). O homem continua a assombrar sua imaginação, e com o tempo sua imagem vem junto com um cheiro de enxofre, isso lhe faz ir a biblioteca e pesquisar velhos arquivos para saber mais sobre o misterioso homem e a sórdida história do edifício que ela agora habita. Aparentemente, um plano para trazer o bebê de Satanás ao mundo não era assustador o suficiente, então eles incluíram no pacote uma conspiração e uma mitologia. Por quê? Talvez eles estivessem esperando transformar o Bebê de Rosemary em uma série mais longa com o diabo estuprando alguém a cada semana, o que não sei se daria certo.
Esse excesso de enredo e incidentes seriam bons se a minissérie fosse reimaginar um mundo fictício como o criado em Bates Motel e Hannibal, ou como alguns remakes de filmes tem feito (Cabo do Medo de Scorsese e Sob o Dominio do Mal de Jonathan Damme são dois exemplos da diferença entre uma versão ousada, "capa" de um conto familiar e uma xerox glorificada; se você aprova ou não, não pode assim mesmo demitir aqueles filmes como meras revisões). Mas quando você olha para trás nestas quatro horas, a produção de TV de duas noites, você vai perceber que quase todas as sua imagens e momentos eficazes vinheram do filme de polanski. incluindo o pesadelo de Rosemary em que ela é engravidada, sua paranóia crescente, as ervas nocivas prescritas como remédio pelo seu médico. O penteado curto com que Rosemary aparece na segunda metade da gravidez (o que lhe confere um pouco daquele olhar Joana D'Arc), e o clímax sombriamente cômico.
O resto se sente como mera decoração, o que é uma vergonha, considerando como a combinação de pele marrom de Zoe Saldana e a definição francesa saturado de riqueza na produção, que evocam o pensamento de colonialismo e exploração. Em seu nível mais básico, está minissérie é sobre uma mulher elegante de cor que é levada a um dos pontos da origem ancestral do colonialismo europeu que tratava pessoas negras como recurso natural a ser explorado por pessoas brancas empenhadas em dominar o mundo (Seu estuprador é um demônio de olhos azuis). Essa produção poderia ter escolhido um caminho mais original, poderia ter sido até ridícula ao faze-lo, mas pelo menos teria sido diferente e teria inoculado a minissérie contra as acusações de que ela está fazendo na TV, segundo seus críticos, o mesmo que se fazia no passado: arrastar histórias desnecessariamente e sem arte, para vender mais anúncios. Para citar a versão eletrônica da revista Wire, para quem a minissérie está longe da originalidade de Polanski com sua versão perto de um filme perfeito com cada quadro levado as telas com humor mordaz e perversidade insondável.
O elenco é excelente, particularmente as estrelas que fazem o casal, com Guy como um homem amoroso, mas covardemente fraco, e Zoe que tem o tipo de rosto que expressa claramente suas guerra pessoais, é uma atriz emocionalmente transparente e às vezes assustadoramente poderosa. Todos eles merecem uma produção que corresponda às suas habilidades. Em quase todas as cenas desse bebê, você está julgando-o contra a versão de Polanski e desejando que estivesse a assistir ao outro. A escrita é atrapalhada, a fotografia, muitas vezes é apenas bonita, a direção é as vezes chocantemente desajeitada. Essa nova versão tropeça em duas noites. Felizmente é todo o tempo que você precisa para perceber que tudo isso só vale como curiosidade. Ficaremos por mais um tempo com o Papa Polanski.
Os cineastas desta produção tem expandido o mundo do romance de Levin, acrescentando alguns toques que lhe dão um aspecto de casa mortuária de filmes de terror com sentimento italiano (as imagens gordurosas nas cenas de sexo e sequencias de sonho lutando por uma qualidade de Dario Argento, sem muito chegar lá), ainda transformaram a minissérie em uma homenagem parcial a Polanski no geral, o que é lamentável, considerando um Polanski com uma certa indiferença a produção, a composição da atmosfera e o ritmo de edição. O apartamento para o qual o casal se muda em Paris é basicamente uma casa assombrada com um legado de violência e perversão, um pouco como o Hotel Overlok em O Iluminado ou o hospital de O Reino de Lars Von Trier. A minissérie começa com um flashback de uma mulher cometendo suicídio ao se lançar da varanda do apartamento. Depois que o casal se muda para o apartamento, Rosemary começa a vê atirando-se do mesmo lugar, as vezes quem a empurra é o marido. Isso nos lembra um pouco o filme O Inquilino de 1976, também de Polanski.
O casal desembarcou no apartamento através de sua amizade com Roman e Margaux (Jason Isaacs e Carole Bouquet); estes são mais jovens e mais sexy aqui que na versão de 1968 dos atores Ruth Gordon e Sidney Blackmer, e eles dão também aqui a história de fundo. Durante uma festa no apartamento do casal, Rosemary vagueia longe da ação principal e abre a porta de um quarto, onde ela alucina (ou apenas vê) um misterioso homem de olhos azuis, envolvido em um ménage à trois). O homem continua a assombrar sua imaginação, e com o tempo sua imagem vem junto com um cheiro de enxofre, isso lhe faz ir a biblioteca e pesquisar velhos arquivos para saber mais sobre o misterioso homem e a sórdida história do edifício que ela agora habita. Aparentemente, um plano para trazer o bebê de Satanás ao mundo não era assustador o suficiente, então eles incluíram no pacote uma conspiração e uma mitologia. Por quê? Talvez eles estivessem esperando transformar o Bebê de Rosemary em uma série mais longa com o diabo estuprando alguém a cada semana, o que não sei se daria certo.
Esse excesso de enredo e incidentes seriam bons se a minissérie fosse reimaginar um mundo fictício como o criado em Bates Motel e Hannibal, ou como alguns remakes de filmes tem feito (Cabo do Medo de Scorsese e Sob o Dominio do Mal de Jonathan Damme são dois exemplos da diferença entre uma versão ousada, "capa" de um conto familiar e uma xerox glorificada; se você aprova ou não, não pode assim mesmo demitir aqueles filmes como meras revisões). Mas quando você olha para trás nestas quatro horas, a produção de TV de duas noites, você vai perceber que quase todas as sua imagens e momentos eficazes vinheram do filme de polanski. incluindo o pesadelo de Rosemary em que ela é engravidada, sua paranóia crescente, as ervas nocivas prescritas como remédio pelo seu médico. O penteado curto com que Rosemary aparece na segunda metade da gravidez (o que lhe confere um pouco daquele olhar Joana D'Arc), e o clímax sombriamente cômico.
O resto se sente como mera decoração, o que é uma vergonha, considerando como a combinação de pele marrom de Zoe Saldana e a definição francesa saturado de riqueza na produção, que evocam o pensamento de colonialismo e exploração. Em seu nível mais básico, está minissérie é sobre uma mulher elegante de cor que é levada a um dos pontos da origem ancestral do colonialismo europeu que tratava pessoas negras como recurso natural a ser explorado por pessoas brancas empenhadas em dominar o mundo (Seu estuprador é um demônio de olhos azuis). Essa produção poderia ter escolhido um caminho mais original, poderia ter sido até ridícula ao faze-lo, mas pelo menos teria sido diferente e teria inoculado a minissérie contra as acusações de que ela está fazendo na TV, segundo seus críticos, o mesmo que se fazia no passado: arrastar histórias desnecessariamente e sem arte, para vender mais anúncios. Para citar a versão eletrônica da revista Wire, para quem a minissérie está longe da originalidade de Polanski com sua versão perto de um filme perfeito com cada quadro levado as telas com humor mordaz e perversidade insondável.
O elenco é excelente, particularmente as estrelas que fazem o casal, com Guy como um homem amoroso, mas covardemente fraco, e Zoe que tem o tipo de rosto que expressa claramente suas guerra pessoais, é uma atriz emocionalmente transparente e às vezes assustadoramente poderosa. Todos eles merecem uma produção que corresponda às suas habilidades. Em quase todas as cenas desse bebê, você está julgando-o contra a versão de Polanski e desejando que estivesse a assistir ao outro. A escrita é atrapalhada, a fotografia, muitas vezes é apenas bonita, a direção é as vezes chocantemente desajeitada. Essa nova versão tropeça em duas noites. Felizmente é todo o tempo que você precisa para perceber que tudo isso só vale como curiosidade. Ficaremos por mais um tempo com o Papa Polanski.
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