Vanguart - Muito Mais Que O Amor. Ou, finalmente faz sentido.

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Acompanho o Vanguart desde que vi os caras fazendo uma participação no Programa do Jô. Sempre achei que a banda tinha todos os elementos para fazer uma boa música (e que faz boa música), mas havia algo em seu trabalho que fazia falta: sentido.
As músicas do Vanguart (ao menos uma maioria esmagadora) não faziam sentido nenhum. Pareciam uma bad trip de maconheiro com uma melodia fantástica. Letras malucas e sonoridade agradável. Me incomodava um bocado, mas acabei me acostumando.
Então este ano a banda lançou seu terceiro disco e veio a surpresa: as letras de TODAS as músicas parecem ter sido escritas em um raro momento de sobriedade! Certo, tem umas com uma sonoridade bem maluca, que beiram o brega, tem música que virou tema de novela, mas o disco, Muito Mais Que O Amor, é tão sóbrio e simples (e pop nos padrões Vanguart) que chega a ser surreal. É quase como uma banda de pop rock normal.
É como se fosse um esforço natural e de bom grado para se encaixar melhor, se adequar à uma sonoridade mais fácil. E, o melhor de tudo, a banda o faz mantendo sua identidade, sua sonoridade, não é algo forçado, não soa covarde ou vendido.
O mais bacana é que as letras (além de fazer sentido) são bem escritas pra caramba, bem executadas e muito boas de se ouvir.
Destaco:
Estive, Olha Pra Mim, Pra Onde Eu Devo Ir e (a já mainstream tema de novela) Meu Sol.

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