sábado, dezembro 07, 2013

FILOSOFIA PARA VIDA - Jule Evans

Dia 342

Como ideias que existem a cerca de 2000 anos podem nos ajudar a viver. De que maneira elas conseguem se manter atual e ainda ricas em sabedoria, mesmo diante da nossa pretensiosa modernidade. Escritos sobre auto ajuda pululam nas prateleiras das livrarias e eles surgem a todo momento na esteira da necessidade que os seres humanos necessitam cada vez mais de uma espécie de manual de instruções para a vida.

Os livros sempre foram a minha melhor companhia desde que me entendo por gente. Eles me fizeram e ao mesmo tempo, foram o motivo de aprender a leitura antes de ir a escola. De certo modo eu buscava neles a compreensão para as coisas que me afligiam ao ponto da dor e do desconforto.

Por sorte,  por acaso ou ainda, por umas daqueles raros casos de coincidências "sincronísticas", um dos primeiros livros que me caíram as mãos foi um sobre História da Filosofia. E foi fascinante desde as primeiras paginas. Era como se as palavras daqueles homens falassem diretamente para min, e do alto de minha "sabedoria" de criança, decidi, desde aquele momento ser um filosofo. Nunca me tornei um. Mas os livros de filosofia e os filósofos seguiram sendo meus heróis da infância, da adolescência e agora, da maturidade.

Nos últimos anos, e por força dos chamados Cafés Filosóficos espalhados pelo mundo, muitos livros surgiram  com o objetivo de "descomplicar" a filosofia na forma de auto ajuda, ou algo como também chamam, filosofia clinica. Muita gente torce o nariz para coisas assim e não sem razão, já que como todas as boas intensões, há sempre aquelas com o objetivo apenas de fazer dinheiro.

"Quando chega a noite, regresso ao lar e entro em meu gabinete. Na soleira da porta, dispo-me dos meus trajes enlameados e suarento do dia de trabalho, e com um traje mais sóbrio, adentro as velhas cortes dos amigos e por eles sou acolhidos. Ali saboreio o alimento que é tão somente meu, e para o qual nasci, e faço a ousadia de falar-lhes e indagar os motivos de suas ações, e eles, em sua humanidade, me respondem pelo espaço de algumas horas, eu me olvido do mundo, sem lembra-me de aborrecimento algum, sem mais temer a pobreza, sem mais tremores diante da morte"

As palavras acima são de um homem que fez da filosofia a sua vida, e apesar das mais firmes convicções morais que possuía, seu pendor pela politica, o tornou sinônimo de uma pratica duvidosa da vida publica. Mas quem conhece a vida e a obra de Nicolau Maquiavel sabe que não é tão simples assim.
Quem seriam os amigos das velhas cortes a quem Maquiavel indagava sobre suas ações? O que nas respostas desse amigos fazia Maquiavel esquecer os aborrecimento e a não temer a morte? Quem mais poderia ser do que os velhos e clássicos filósofos antigo.

De igual modo, hoje podemos beber dessa mesma fonte, e agora de uma forma ousada e original eles podem ser ouvidos por meio dos Cafés filosóficos e lidos a partir de obras que fazem da autoajuda uma ferramenta nova, não para mudar o mundo, mas para nos ajudar as transformar nossas emoções para o nível de nossos desejos e necessidades. O nosso livro resenhado de hoje é uma obra como poucas que li com a proposta de ser uma ferramenta com a finalidade de nos guiar no pensamento dos antigos filósofos, e aplica-los na vida prática. O filosofo escocês do século  XVIII, David Hume dizia com um certo desdém provocador que a maioria dos seres humanos "era efetivamente excluída de todas as pretensões de filosofia, e da medicina da mente tão ostentada... O império da filosofia se estende a apenas alguns e, também para esses, sua autoridade é muito fraca e limitada" Eu acho que ele estava errado a filosofia, mesmo na sua forma mais básica e simplificada, pode ajudar as pessoas comuns a viverem uma vida mais feliz e analisada.


Escola de Atenas, de Raphael
Jules Evans faz da sua vida pessoal e da apreciação do afresco conhecido com Escola de Atenas, onde vários dos antigos filósofos conversam animadamente no que deve ser uma aula de filosofia, o ponto de partida para nos mostrar como o pensamento desses homens podem se tornar ferramentas terapêuticas úteis e rápidas de como tornar a vida mais feliz trabalhando nossas emoções. Também nos diz como estes homens, além disso, tinha uma postura mais radical. "também ofereciam críticas da sociedade e das idéias políticas sobre como a sociedade deveria ser administrada. Ofereciam inúmeras idéias sobre Deus, o significado da vida, e o nosso lugar no universo". De fato a autoajuda no mundo antigo era bem mais ambiciosa e expansiva que a autoajuda moderna. Ela ligava o psicológico ao ético, politico e cósmico. E não ofereciam às pessoas arranjos de curto prazo para serem praticados por um ou dois meses, até que surgisse a próxima moda em autoajuda, eles ofereciam as pessoas um modo duradouro de vida.

Então estou lhe fazendo um convite. Adentre essa escola e faça o pensamento desses homens lhe auxiliarem pelo caminho de uma vida mais plena e cheia de sabedoria, e receba uma iluminação que pode lhe ajudar a ter uma vida de maior e melhor bem estar.


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