sábado, dezembro 28, 2013

A Toda Prova

-3
Haywire - 2011
Dir: Steven Soderberg
Elenco: Gina Carano, Michael Fassbender, Ewan McGreggor, Antonio Banderas, Michael Douglas, Bill Paxton e Channing Tatum

Steven Soderberg é um diretor versátil ao seu próprio modo. Ele costuma alternar entre filmes autorais e comerciais de modo que possa pagar os prejuízos causados por suas obras mais pessoais. O cara é o responsável por obras como Traffic, Onze (e doze e treze) Homens e Um Segredo e, mais recentemente, Contágio e Terapia de Risco. Se fosse fazer uma comparação bem esdrúxula só pra dar uma ideia de como o trabalho do diretor funciona, diria que ele é uma mistura de Wes Anderson e Robert Rodriguez.
Um de seus trabalhos mais recentes, mais precisamente de 2011, é o trhiller de espionagem À Toda Prova (Haywire), estrelado pela lutadora de MMA Gina Carano. Na trama a personagem de Carano, Mallory, é uma espiã contratada pelo governo para resgatar um jornalista que havia sido sequestrado. A missão é um sucesso porém, logo em seguida, após entrar em uma nova missão, a agente é traída e sofre uma tentativa de assassinato por parte da própria agência.
É óbvio que ela sai em busca de vingança e decide matar meio mundo para descobrir o que está por trás da traição e por que a agência iria querê-la morta.
Não é o mais criativo dos roteiros, nem de longe o melhor filme do Soderberg, mas há algo em Haywire que é muito atraente! Talvez seja o ritmo lento que lembra A Identidade Bourne em alguns momentos, ou as cenas de ação realistas, a violência explosiva... É difícil saber.
Assim como há também algo de muito errado, que faz torcer o nariz algumas vezes e, nesse caso, acredito que seja a protagonista. Gina Carano luta MMA profissionalmente, nunca atuou antes e não é exatamente o que se pode chamar de uma revelação. Ela até convence na atuação e nas cenas de luta, mas é uma atriz limitadíssima. Além de possuir um porte físico estranho, o que faz sentido dentro da trama, mas não deixa de ser esquisito.
Em seus acertos e falhas A Toda Prova mantém um equilíbrio. Também mantém-se equilibrado entre o autoral e o blockbuster, mantendo a sutileza do diretor (ainda que parta para um lado um tanto mais brucutu).
Em geral os filmes do Soderberg não tem um timing muito bom, não dá pra entender seus critérios para escolher projetos, e Haywire não foge a essa regra. É um filme deslocado, estranho até na fotografia (que também é um trabalho do próprio diretor sob o pseudônimo de Peter Andrews) e até mesmo seu elenco parece ter sido escolhido aleatoriamente. Não dá pra explicar a escalação de atores como Michael Fassbender, Ewan McGreggor, Antonio Banderas, Michael Douglas, Bill Paxton e Channing Tatum sendo que nenhum deles protagoniza e maioria deles não tem 15 minutos em cena.
O bacana é que, mesmo sendo tão esquisito e deslocado, Haywire empolga absurdamente, o que me deixa em um beco sem saída desgraçado: gostei ou não gostei do filme? Até agora não sei, sério. Não faço ideia.
É isso: texto confuso, filme esquisito, Gina Carano dando uma surra humilhante em todos os atores do elenco (a surra que ela dá no Channing Tatum foi de aplaudir de pé!) e eu aqui, sem saber que nota dar.




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