sábado, novembro 16, 2013

Noah Gundersen - Saints & Liars

Dia 320

Já falei de Noah Gundersen por aqui, o cara me impressionou de verdade. Sempre receio bastante antes de começar a ouvir um outro disco de um cantor/cantora ou banda que me agrada à primeira ouvida. Aconteceu com o Dan Mangan, só que eu demorei menos que um ano pra seguir pro próximo disco do Gundersen.
Eis que finalmente ouvi Saints & Liars, o segundo EP do artista menos produtivo que já tive o prazer de ouvir. E venho aqui relatá-lo em tempo real, primeira ouvida, música a música. Que tal essa? Onde está seu Deus agora?

Começamos com Ring a Bell, a impressionante abertura do disco. Começa com um sussurro e termina com uma epopeia! Violões dedilhados, versos sussurrados, ecos femininos que irrompem em belos violinos e violoncelos em uma canção bem menos negativista que as do EP que viria a seguir, Family que já comentamos por aqui, mais elegante também. Viciante em sua lentidão e sua sutileza.

Seguimos com Caroline, sobre mulheres, bebidas, amor e pais ciumentos. Músicas com nome de mulher costumam ser comuns nas vozes de cantores folk e alguns caipiras, mas até nisso Gundersten se sobressai. Apesar de Agradável ao ouvido, grudenta e fácil de cantar, e meio bonitinha até, Caroline não supera Ring a Bell.

Por outro lado, Oh Death já chega mostrando a que veio. É quase um tango lento, melancólico e de uma beleza imersiva. Oh Death é uma canção de fim de filme, praqueles dias de tormenta que terminam em calmarias deprimentes. É a melhor das poucas canções do disco sem grandes dificuldades (ao menos até aqui).

Tá bom, devia ter ouvido The Ocean antes de declarar que Oh Death é a melhor do disco, mas tá complicado aqui. Como que um EP tão curto pode ter tanta coisa de qualidade? The Ocean é mais esperançosa, menos sombria, mais bonita em seu feeling.

Aí temos as duas últimas, a sofrida Jesus, Jesus (Eu sei que que fudemos tudo, mas não nos detone como aos dinossauros), a última oração de alguém que perdeu a paciência, e Midle of June, muito boazinha, mas não supera nenhuma das anteriores.

Essa análise meio fria, meio com sono, meio cansada só nos leva a uma conclusão: Gundersten não desaponta. Saints & Liars é extremamente audível, não tem faixas ruins, apenas umas menos melhores que a maioria.
Em resumo: 4 luinhas de boa.
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