Naquela época eu já estava migrando. Por achar que seria melhor para minha vida profissional e por estar fascinado pelo mundo do código livre e toda a sua filosofia. Encontrei algumas dificuldades bati cabeça com os códigos e aprendi muita coisa. Apesar de ser necessário hoje para eu aprender mais, migrar para uma distro menos automatizada.
O ubuntu e seus derivados tomaram hoje um lugar de destaque no mercado de usuários de desktop. Se anteriormente tínhamos medo, receio do sistema, hoje vemos o quanto é simples. Novas versões não só do ubuntu, como também fedora, mandriva. Tem uma curva de aprendizagem menor, se falando de quem nunca usou nem Windows, nem Linux, nem Mac. O suporte a drivers é incrivelmente amplo e satisfatório, rápido e com recursos que atendem a uma camada cada vez maior dos usuários. A SIS fabricante de entre outras coisas placas de vídeo, nem se mostra muito empenhada em dá suporte à Linux. Por outro lado fabricantes de peso como NVIDIA, sempre lançam versões de drivers para Linux.
Por exemplo se você comprar uma impressora hp hoje. Precisará de 10 segundos após plugar o cabo usb para começar a usá-la. Essa mesma impressora no Windows você precisará de 10 minutos, visto que será necessário instalar a partir do cd/dvd ou internet, um pacote de programas que serão necessários para reconhecer a sua impressora.
Ambiente gráficos poderosos, como kde4.1, gnome3, e o novíssimo unity, assemelham-se bastante a intuitividade experimentada no Windows. Painel de Controle, Menu Iniciar, Central de Programas, Atualizações, etc. Vejo aqui uma vantagem grande no quesito organização: enquanto no menu iniciar do Windows temos que sair catando em um "todos os programas", que tem lá uma série de programas dispostos de forma aleatória e que só entende que já conhece os programas anteriormente; nas distros Linux temos no menu iniciar algo simples porém bastante prático, categorias. Eu posso ser uma pessoa leiga que certamente saberei me virar bem.
Por exemplo: Estou precisando acessar internet e depois abrir o skype. Basta olhar a categoria mais próxima disso que irei encontrar. No caso da figura, ubuntu de 2005 (isso não é bem uma novidade).
Se eu for fazer a mesma coisa no Menu iniciar do Windows. Note somente consigo acessar porque já sei que o Mozilla Firefox é um navegador famosíssimo do contrário perderia um bom tempo catando um programa para eu navegar na internet.
O ambiente Unity é um caso a parte este traz um visual de transição entre tablets, smartphones e outros dispositivos baseados em toque e pcs na forma convencional como estamos acostumados a usar. Considero melhor do que o visual metro do Windows 8. Podendo ser usado com fluidez e facilidade tanto em telas de toque ou não. O visual metro é um pouco sacrificoso para quem usa desktop comum. Agora olhe para esta tela inicial do ambiente Unity e veja você mesmo como ela é prática, intuitiva e tem tudo que você mais usa no seu campo visual. Além de aproveitar de forma extrema os espaços que podem ser usados dando enfase aos aplicativos e não ao sistema de uma forma geral. Veja que todos nós usamos em 90% dos casos o que está ai nesta tela. Navegador de arquivos, de internet, editor de textos, planilha eletrônica, apresentação de eslaides, central de programas, armazenamento na nuvem, data hora, nome do usuário atual, acesso as configurações de som, rede, botão para desligar e integra redes sociais, mensageiros instantâneos. Por fim um botão com o símbolo do ubuntu que ao clicar lhe dá um campo de pesquisa no qual basta você digitar o programa ou ação desejada que ele lhe dará opções muito rapidamente.
Para testar uma distro não é uma coisa muito complicada é na verdade outra grande vantagem do mundo livre. Já que o software é gratuito, não tem o porque de se "esconder o ouro" e temos ai versões que podem ser instaladas facilmente em pendrives e que rodam de forma temporária. Depois de iniciado o sistema no modo Live CD (modo que roda direto do pendrive/cd/dvd) ele reconhece todos os drivers da máquina e abre o modo gráfico ficando assim um sistema pronto com os principais softwares usados no dia-a-dia e claro podendo você instalar novos. Importante saber que você perderá todas as modificações feitas nesse modo assim que você reiniciar o computador, visto que você não instalou no hd e tudo está ainda no pendrive/cd/dvd.
Rapidez é outro quesito vai lhe fascinar bastante, isso acontece não só porque o Linux é um sistema robusto mas também porque diferente do Windows não temos tantas instalações de programas de terceiros e fabricantes de softwares desconhecidos. Existe uma tendência atual para o usuário do Windows instalar programas de forma indesejável, os spamwares. Eles vem junto com outros programas e tem um comportamento irritante de mostrar propagandas a todo momento em diversos programas mas principalmente nos navegadores de internet.
Estabilidade do Linux é bem maior tanto pelos motivos mencionados acima, no caso da rapidez, como também porque é um sistema feito para servidores e construído a partir de um núcleo que gerencia muito bem os recursos de memória e hardware de uma forma geral.
O boot é outro fator interessantíssimo. Como temos um controle melhor de programas não existe tantos programas iniciando junto com o boot. O resultado é um computador pronto para ser usado assim que é iniciado o ambiente gráfico, o que no caso do Windows temos que esperar muitas vezes minutos.
No ubuntu existe uma central de programas que facilitam as coisas para quem não quer perder tempo com comandos ou não se sente confortável. Grande gama de softwares que existem na Central de Programas do Ubuntu são testados, não só pela Canonical mas primeiramente pela maior comunidade de Linux que é o Debian, no qual o ubuntu é baseado. Isso dá grande confiabilidade não só de desempenho mas também de não sermos enganados com programas que instalam vários outros programas em nosso pc.
E não pega vírus do Windows e em raríssimas exceções temos vírus para Linux, claro que esse cenário pode mudar com a massificação desse sistema mas confio na comunidade de software livre que já mostrou que é ágil e se prontifica a resolver problemas, que na maioria dos sistemas proprietários temos que esperar bem mais tempo.
Quer dizer então que o sistema não tem nenhum defeito? Claro que tem. Mas digamos que as duas grandes barreiras estão em fase de serem quebradas.
1ª Barreira - Jogos - Esforços recentes como o steam for linux foi um grande passo.
2ª Barreira - Gráficos - Acredito que irá demorar visto que programas como gimp, inkspace não são nem a sombra de programas como Photoshop e Corel Draw e que tanto a Corel como a Adobe nem vem tendo muito interesse em fazer versões para Linux.
Resumo da ópera: Se você não joga jogos pesados, e se você não trabalha diretamente com edição e tratamento de imagens. Vale muito a pena migrar. Além disso é possível fazer inicialmente um dualboot ou seja instalar Windows e Linux na mesma máquina. Não há decréscimo de desempenho em seu pc de uma forma geral, apenas uma perca de algumas dezenas de gigas de espaço no seu hd, o que não é nada em hd's atuais com 500gb, 1 e 2 teras.
Tenho experiência de clientes que instalei dualboot e ao ter problemas com o vírus, lentidão e excesso de propagandas indesejadas passaram a usar Linux e não voltaram mais para o Windows.
Para quem se sente mal em piratear um software é um ótima opção usar Linux visto que ele é livre para distribuir e usar.
O Linux ideal para quem quer usar como sistema principal e é leigo ou é um usuário intermediário aconselho o Linux Mint. Ele já vem prontinho com tudo instalado, suporte a som, mp3, rede, internet, softwares mais usados, rodo vídeos, etc. Tenho uma ótima experiência com ele. Você também pode aproveitar e visitar o COMSOLID que é um grande encontro de software livre no Maracanaú e vê as tendencias e palestras bem interessantes de quebra receber um dvd Linux customizado especialmente para os participantes do evento. Você pode também baixar ele aqui http://www.comsolid.org/download-ubuntu-comsolid/. Mais informação acesse http://www.comsolid.org/. A entrada é um quilo de alimento não-perecível.
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