Dia 318.
Ah, mas este único disco que ele gravou vale pela carreira inteira de muito artistazinho vagabundo que existe por aí.
O nome deste filho único é "Furious Angels", de 2002. Neste disco, Dougan mostra ousadia e sensibilidade ao misturar o clássico ao eletrônico de maneira orgânica e poderosa. O disco inteiro soa como uma batalha entre os anjos, e poderia muito bem ser a trilha sonora da revolta de Lúcifer, sua queda e reinado.
Em algumas músicas apenas os instrumentos soam, cercados por dubs e glitches, aparecendo aqui e ali entre samples. Em outras, sua voz rouca e forte toma conta, conduzindo-nos através de uma sinceridade profunda e triste rumo a um ponto de observação de onde podemos ver, sem escolha, que não há nada a se fazer.
Quando os deuses batalham entre si, só nos restam o esconderijo e a esperança.
Todas as músicas do disco são excelentes, mas destaco aqui:
"Furious Angels" "Will You Follow Me?" "Left Me for Dead" "I'm Not Driving Anymore" "Clubbed to Death" (Kurayamino Variation) "Born Yesterday" "Speed Me Towards Death" |
Um disco essencial para quem é fã de música eletrônica, música clássica e as duas juntas.
Longos dias e belas noites.
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