sexta-feira, novembro 15, 2013

Audioslave – Out of Exile

Dia 319

É fato que o Audioslave nunca conseguiu se equiparar ao seu álbum de lançamento, é um fato nada agradável que a banda terminou num ponto em que beirava o pop, assim como é fato que o Rage Against The Machine e o Soundgarden juntos não dão um Audioslave. Mamilos, polêmica desnecessária de fim de noite, #prontofalei.

Apesar disso, apesar da notável diminuição de epicidade (essa palavra nem existe), o segundo disco da banda, Out of Exile, lançado em 2005, mantém um nível de qualidade que, mesmo muito abaixo dos padrões estabelecidos pelo disco de 2002, não se vê muito nos dias de hoje.
OofE não tem o mesmo fôlego de seu antecessor, envereda por riffs fáceis e baladas grudentas e se torna quase óbvio, mas Audioslave, mesmo em seu pior momento (que ainda não é esse), é sempre Audislave.
Eu tenho um carinho imenso por essa banda. Foi um grupo que eu vi nascer e morrer, ouvi cada um de seus discos, ouvi seu disco de estreia até que ele, literalmente, rachasse, foi a banda que me fez gostar de rock da forma como gosto hoje em dia, que me apresentou e me fez gostar de sons mais pesados, mais velhos, masis maduros.
Out of Exile é um Audioslave mais contemplativo, menos alucinado, traz um rock menos denso, menos épico, mas tem hits importantíssimos para a carreira da banda. Além disso traz uma veia um tanto quanto inesperada do supergrupo. Canções como Doesn’t Remind Me e Be Yourself são tão chocantes à primeira audição quanto agradáveis em audições posteriores.
Longe de se tornar o que foi construído em 2002, Out of Exile é confortável de se ouvir. É um disco cansado (imagino que compor um Audioslave perfeito do começo ao fim tenha esgotado a boyband do Cornell) que mostra uma cara um pouco diferente dessa que se tornou, em seu curto período de existência, uma das bandas mais importantes do rock mundial.

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