Dia 297
What About Bob - 1991
Director: Frank Oz
Elenco: Bill Murray, Richard Dreyfuss, Julie Hagerty
Rapidinho hoje, não temos muito tempo.
Imagine o termo “épico” em todo o seu esplendor. Isso é
só como consigo definir a comédia Nosso Querido Bob. Saca o calibre do negócio:
um filme que tem Frank Oz Na direção e Bill Murray e Richard Dreyfuss dividindo
a tela. Tem como ser mais épico que isso?
Na trama acompanhamos as personagens dos dois atores,
Murray e Dreyfuss. O primeiro é um neurótico patológico com sérios problemas
que vão de transtornos dissociativos a uma quase sociopatia. O cara é quase um
Monk, tão perturbado quanto o detetive transtornado de Tony Shalhoub, mas com o
cinismo (um nível acima do normal) do Bill Murray. O outro é um renomado
psiquiatra que acabou de obter sucesso midiático por conta de seu recém lançado
livro de auto ajuda, o “Passos de Bebê”. Os dois se cruzam quando o psiquiatra
da personagem de Marray, Bob, pede ajuda desesperado ao colega de profissão, o Dr.
Leo Marvin após fracassar em obter progresso no tratamento de seu paciente. O
cara não explica nada, apenas joga o perturbado Bob aos cuidados de Marvin e o
deseja sorte. Marvin está se preparando para sair de férias, mas concorda em
fazer uma consulta com Bob afim de empurrar ao paciente seu livro e acalmar os
ânimos do sujeito para que, quando volte ao trabalho, possa dar-lhe a devida
atenção. O que o cara não sabe é que, aceitando tratar de Bob, ele está dando a
si mesmo uma passagem só de ida para o inferno: Bob passa a acreditar que
Marvin é o único capaz de trata-lo e fica obcecado com o seu novo médico. Tão
obcecado que dá um jeito de descobrir onde o cara vai passar as férias e decide
fazer uma visita. E, para piorar, acaba passando as férias junto com o cara e a
família.
Nosso Querido Bob é uma joia, uma daquelas comédias de
humor negro dos anos 90 que mostravam toda sorte de coisa errada e
personagens afetados com uma naturalidade que os filmes de hoje só conseguem
emular.
Uma jogada de mestre do diretor Frank Oz (a voz do Mestre
Yoda e o diretor do Morte no Funeral original) foi juntar o ator mais mal
humorado da Terra com o cara mais engraçado da época. Pra quem não sabe o ator Richard
Dreyfuss, de Contatos Imediatos de 3º Grau, é um pavio curto desgraçado, teve
vários problemas com o diretor Steven Spielberg, virou persona non grata em uma
dezena de estúdios e fez algumas dezenas de inimigos influentes. O cara é um
sociopata! E Murray é... Murray, o cara mais gente boa do mundo.
Essa diferença entre os humores dos dois protagonistas,
ao menos diante das câmeras, funciona muito bem e rende cenas e situações das
mais fantásticas! A convivência forçada entre médico e paciente rende atuações
espetaculares de ambas as partes, mas Dreyfuss tem momentos inspiradíssimos!
O elenco inteiro é ótimo, toda a família Marvin tem seus
pontos altos, incluindo a esposa interpretada por Julie Hagerty. Mas o que
chama atenção mesmo é como a atriz envelheceu bem. Na época ela parecia uma
versão feminina do Ted Danson em Três Solteirões e um Bebê.
Esse parágrafo inteiro foi desnecessário, eu só queria
mencionar essa peculiaridade.
Enfim, Nosso Querido Bob é uma comédia surpreendentemente
divertida. Essa é minha dica da noite!
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