quinta-feira, outubro 17, 2013

Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança

Dia 290
Ghost Rider: Spirit of Vengeance - 2011
Dir: Mark Neveldine, Brian Taylor
Elenco: Nicolas Cage, Ciarán Hinds, Idris Elba

Eu procrastinei Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança o máximo que pude, mas um homem tem que fazer o que um homem tem que fazer e é por isso que estou aqui.
MF² é um filme de extremos: por um lado é uma bomba absoluta e incontestável, uma adaptação ruim e um trabalho cinematográfico medonho. Por outro lado é um espetáculo visual: absurdo e bizarro, capaz de encher os olhos.

Na trama, Johnny Blaze está de volta (e Nicolas Cage também) com uma missão: resgatar e proteger um garoto predestinado a se tornar o novo receptáculo do demônio que o transformou no Motoqueiro Fantasma (você pode ver isso em Motoqueiro Fantasma, de 2005: filmaço). Em troca ele terá a oportunidade de se livrar da maldição, se desprender do Espírito da Vingança e receber sua alma de volta.
MF² é surreal. Só pra deixar claro, aquela parte que eu disse que o longa de 2005 é um filmaço... Era piada. Como eu dizia, MF² é surreal, algo tão fantasticamente ruim que é simplesmente impossível parar de ver. A história é apenas um detalhe, só um motivo pra tocar fogo no Nicolas Cage e colocá-lo sobre uma moto. O roteiro... pfff, nem existe, esqueceram de escrever. As atuações... Tem uma caveira pegando fogo, maluco, quem liga pra isso?
O negócio é: o visual do é o que faz a tortuosa jornada de Johnny Blaze valer a pena. Esqueça do filme, esqueça do garoto, da mãe, do Nicolas Cage, da redenção... Esqueça. Deligue seu cérebro e foque no espetáculo visual que se desdobra perante seus olhos.

O visual de MF² é SENSACIONAL! Isso porque a fotografia é vagabunda, de filme B mesmo, daqueles bem safados, anos 90. Tudo na tela remete aos anos 90, as atuações são naquele padrão, as cenas de ação são bastante características. Aí chega o Motoqueiro, aquele show off todo, trilha do fogo no asfalto, gargalhada diabólica, aquela coisa. E é aí que o filme te prende, porque o visual do Motoqueiro é tão destoante de tudo o que está ao redor, é tão realista e tão cuidadoso, sujo e infernal que chega a impressionar. Pouca coisa faz uso de efeito visual no longa além do Motoqueiro, o que só torna sua figura algo ainda mais atraente. A movimentação da personagem é fantástica, a aparência suja, a carne queimada pregada no crânio flamejante é absurdamente fantástica, a voz do Cage, que ganha um boost digital, soa ameaçadora.

Fora isso, fora o visual, o conceito e o Motoqueiro em si, nada se salva no longa. A culpa disso é inteiramente dos diretores Mark Neveldine e Brian Taylor, os imbecis responsáveis por Adrenalina e Gamer. Esses caras não são diretores, eles não tem talento, não fazem questão de disfarçar isso e, o mais absurdo, carregam uma legião de fãs que juram que eles sabem o que estão fazendo e fazem o que fazem de propósito.
Surreal.
O resultado final é xexelento, uma viagem indigesta por um mundo sem sentido, guiados por um sujeito visivelmente cheirado e dois diretores que não ficam para trás. Adiei esse momento o quanto pude, mas ele enfim chegou e, que surpresa: foi tão ruim quanto eu achava que ia ser, mas visualmente impressionante. E pelo visual, apenas pelo visual, MF² leva.... 

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