segunda-feira, outubro 14, 2013

A Perseguição

Dia 287
The Grey - 2011
Dir: Joe Carnahan
Elenco: Liam Neeson, Dermot Mulroney, Frank Grillo

O filme de hoje é extremamente simples, mas nem por isso menos profundo. Estamos falando de A Perseguição (The Grey, 2011), filme do diretor Joe Carnahan (o mesmo cara de Esquadrão Classe A) que conta a história de um grupo de trabalhadores que, após um acidente de avião, fica por conta própria em um infinito deserto de gelo, tendo de sobreviver ao frio, aos ferimentos e a um coletivo de lobos (pesquise e adicione mentalmente o coletivo de lobos aqui) que os persegue, causando lentamente a morte de cada um deles. O grupo é liderado por Ottway, um habilidoso caçador/mercenário interpretado por Liam Neeson. Um sujeito meio caladão, meio misterioso que tem um passado complicado e várias histórias com finais ruins.
Alcateia. O coletivo de lobos é alcateia. Ou matilha. Ou congresso.
Então inicia-se uma verdadeira batalha pela vida, através dos cortantes desertos de gelo, tentando sobreviver – e perdendo feio – aos temíveis predadores. Em meio a isso tudo temos vislumbres do protagonista, o que dá um teor psicológico pesado à trama e, em certos pontos, a torna um tanto cansativa, mas muito mais profundo do que seria normalmente. Ainda conhecemos um pouco da vida de outros personagens, através de relatos e de alguns flashbacks.
O cenário gelado é perturbador, chega a causar desespero. Desespere esse do qual, em vários momentos, os personagens são acometidos de forma muito convincente, muito real. Desespero esse que é utilizado para se aprofundar em questões como fé, sobrevivência, instinto animal...
Como eu disse, o filme é simples e direto, porém extremamente cru e visceral em suas ideias. O visual é angustiantemente, belo e desolador. As atuações são fantásticas, a de Neeson nem se fala. Mas o que chama a atenção é a direção de Carnahan, surpreendente. Você vê um cara saído de um Esquadrão Classe A, um blockbuster de ação com ar de comédia, para um The Grey, que trata sobre assuntos tão sérios, tão densos... É quase outro diretor.
O final do longa é bastante aberto, mas há uma cena no final dos créditos que diminui um pouco essa margem, dá uma ideia mais exata do que aconteceu.

É um filme interessante, um bocado estranho, mas muito atraente. Não há muito o que falar, visto que é algo bem linear, mas há bastante para se ver.

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