Dia 287
The Grey - 2011
Dir: Joe Carnahan
Elenco: Liam Neeson, Dermot Mulroney, Frank Grillo
O filme de hoje é extremamente simples, mas nem por isso
menos profundo. Estamos falando de A Perseguição (The Grey, 2011), filme do
diretor Joe Carnahan (o mesmo cara de Esquadrão Classe A) que conta a história
de um grupo de trabalhadores que, após um acidente de avião, fica por conta
própria em um infinito deserto de gelo, tendo de sobreviver ao frio, aos
ferimentos e a um coletivo de lobos (pesquise e adicione mentalmente o coletivo
de lobos aqui) que os persegue, causando lentamente a morte de cada um deles. O
grupo é liderado por Ottway, um habilidoso caçador/mercenário interpretado por Liam
Neeson. Um sujeito meio caladão, meio misterioso que tem um passado complicado
e várias histórias com finais ruins.
Alcateia. O coletivo de lobos é alcateia. Ou matilha. Ou congresso.
Então inicia-se uma verdadeira batalha pela vida, através
dos cortantes desertos de gelo, tentando sobreviver – e perdendo feio – aos temíveis
predadores. Em meio a isso tudo temos vislumbres do protagonista, o que dá um
teor psicológico pesado à trama e, em certos pontos, a torna um tanto
cansativa, mas muito mais profundo do que seria normalmente. Ainda conhecemos
um pouco da vida de outros personagens, através de relatos e de alguns
flashbacks.
O cenário gelado é perturbador, chega a causar desespero.
Desespere esse do qual, em vários momentos, os personagens são acometidos de
forma muito convincente, muito real. Desespero esse que é utilizado para se
aprofundar em questões como fé, sobrevivência, instinto animal...
Como eu disse, o filme é simples e direto, porém
extremamente cru e visceral em suas ideias. O visual é angustiantemente, belo e
desolador. As atuações são fantásticas, a de Neeson nem se fala. Mas o que
chama a atenção é a direção de Carnahan, surpreendente. Você vê um cara saído
de um Esquadrão Classe A, um blockbuster de ação com ar de comédia, para um The
Grey, que trata sobre assuntos tão sérios, tão densos... É quase outro diretor.
O final do longa é bastante aberto, mas há uma cena no
final dos créditos que diminui um pouco essa margem, dá uma ideia mais exata do
que aconteceu.
É um filme interessante, um bocado estranho, mas muito
atraente. Não há muito o que falar, visto que é algo bem linear, mas há
bastante para se ver.
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