Dia 264
Starship Troopers: Invasion - 2012
Dir: Shinji Aramaki
Elenco: Leraldo Anzaldua, Shelley Calene-Black, Luci Christian
O enredo de Starship Troopers – Invasion é de uma
simplicidade quase estúpida: anos após os eventos ocorridos no único longa
decente da série Tropas Estelares, uma unidade de soldados é designada a
resgatar a nave e toda sua tripulação da Capitã Carmen Ibanez que está à deriva
no espaço após ter sido posta sob comando do Dr. Carl Jenkins. Ao chegar à
bordo a tropa descobre que a tripulação inteira foi vitimada por alguma coisa.
Seriam insetos, obviamente, porém dentro da nave há também uma quantidade
razoável de insetos mortos e nenhuma explicação.
Após vasculhar a nave, os soldados se descobrem em uma
situação bem mais complexa do que aparenta.
Parecia a ideia mais genial do mundo fazer uma animação PG18 contando um dia comum em que tudo foge ao controle da
tropa, uma animação CGI violentíssima e frenética, do jeito que deve ser um bom
ST. Mas aí fizeram a escolha mais demente de todas e deram essa pérola em
potencial nas mãos de um japonês. Ferrou tudo: STI é visualmente bonito,
extremamente estiloso, tem combates empolgantes e uma animação decente, apesar
de mecânica demais. Mas sua história não tem começo nem fim, nem pé nem cabeça!
É quase um videogame de guerra, um tiroteio de uma hora e meia onde nada faz
sentido até que tudo seja explicado no final, mastigadinho.
Além disso o conflito principal se revela forçadíssimo,
suspensão de descrença no máximo!
É como aquelas animações do Final Fantasy e do Resident
Evil: muito bem feitas, muito bacanas, mas uma parcela mínima do público vai
compreendê-la. No caso de STI é pior: não há uma história base para situar os
expectadores. O filme do diretor Paul Verhoven funciona por si só e não deixa
brecha para uma continuação. Não dá pano pra manga. Ainda mais quando se trata
de uma história completamente nova que assume para si a responsabilidade de
expandir a mitologia.
Apesar de todos esses problemas, a animação ganha o
expectador pelo visual e pelos combates. Os personagens também são carismáticos
e o trio principal do primeiro filme faz pequenas participações (a Cap. Carmen
Ibanez tem um espaço considerável e o General Johnny Rico faz uma aparição
interessante). O Dr. Carl Jenkins foi o mais esculhambado de todos e virou
quase um vilão meia boca e maluco.
No fim das contas é um filme bacana de se ver, apesar de
incompreensível e meio forçado.
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