Dia 245.
Tempestades no horizonte.
A bateria é viva e pulsante. A guitarra soa antiga e agitada sob a voz anasalada de Auerbach, trazendo-nos a poderosa combinação explosiva de The Black Keys. Sem arrependimento, podemos ouvir tudo aquilo que há de insano e equivocado reverberando em nosso sentimento de culpa. Estradas que não foram percorridas, beijos que não foram dados, loucuras não cometidas.
Por que se preocupar então? Fuck everything, she says. I say. We go.
A tempestade se aproxima. Traz destruição e morte, traz renascimento e ressurgimento. A guitarra e a bateria casam-se sob uma intensa ventania de setembro, lembrando-nos de nossas falhas, de nossos medos, de nossa idade.
O tempo não pára - diz o espelho. E nenhuma poção mágica te fará jovem para sempre.
Guitarras distorcidas atraem tempestades. A bateria pulsa no mesmo ritmo de um coração cansado e cheio de vícios.
A poção mágica é a morte que nos aguarda na clareira do fim do caminho.
Viva tudo como se agora fosse o sempre. Say live and let die.
Morda a maçã envenenada pelo pecado original e mande tudo pro inferno.
Que disco. Porra, que disco!
Boas noites.
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