terça-feira, setembro 03, 2013

A Profecia (The Omen) 2006 – Uma refilmagem de um clássico, ou poderia ter sido melhor!

P.24 Dia 246

Semana passada estava na onda dos filmes baseados no coisa ruim, vocês sabem, exorcismo, possessão, espíritos e aquele blá blá blá. Então mais um filme veio em minha mente, na verdade é a refilmagem de um clássico, uma série de três filme do anos 70 – A Profecia (1974), são filmes muito legais, shows, um dia desses vou criticá-los. Mas a película aqui em questão é A Profecia (2006), um filme que deveria ter sido melhor que o original, mas clássicos são insuperáveis, o problema é que todo mundo esperava demais deste filme, para quê, para quase nadinha.
Não caro leitor, não é exagero meu, qualquer pessoinha que já tenha assistido ao filme deve ter experimentado a sensação de decepção, a decepção de ver uma produção tão esperada indo para o esgoto do marasmo. The Omen é um filme do ano de 2006 do gênero terror americano, dirigido por John Moore, é estrelado por Julia Stiles, Liev Schreiber e Seamus Davey-Fitzpatrick. Dados acima a ficha técnica, que é bem pequena, vamos ao que interessa, a uma sinopse, e a tentativa de construir uma crítica bem condensada, porque sinceramente quando o filme não é formidável a crítica é idem.
Robert Torn (Liev Schreiber) é um homem bonitão, um bom marido e um diplomata americano de sucesso, ou seja, é o cara. Casado com a belíssima Katherine Torn (Julia Stiles), os dois enfrentam um momento triste, a perda do filho na hora do parto. Robert fica altamente perturbado tentando achar uma solução de como dá está péssima notícia a sua esposa, aliás aqui vai uma ressalva – a maternidade se localiza em Roma, é um hospital cristão – e quem dá a solução para o problema, um padre. O tal padre chega e noticia a morte do baby, e afirma que sua esposa ainda não foi informada disto, ele então propõe o seguinte: trocar o baby morto por um baby nascido na mesma hora no hospital, em que a mãe deste morreu no parto.
Até aí beleza, troca aceita, firmada e feita, Robert troca o baby, e sua esposa o cria como filho legítimo, até aqui tudo normal, até que Damien (Seamus Davey), olha o trocadilho no nome, Demon, oh god, completa cinco anos e tudo muda, o menino não sabe de sua real identidade, Anticristo, mas sente que é malvadinho. Após isso chega uma babá macabra, uma discípula do mal, defende o menino como uma guardiã de satã, cruzes!!! Um padre que surge do nada, tenta avisar a Robert que seu filho é o coisa ruim encarnado, herdeiro da maldade, e que o pai deve matar a criança para que ele seja perdoado e não vá para o inferno.
A partir daqui, acontecem mortes bizarras, fatos não explicados e um roteiro que deixou a desejar. Mas uma vez fracassou, o filme fez uma sucesso razoável devido apenas a sua data de lançamento que foi evidentemente calculada, 6.6.2006, um acontecimento raro e que demorará a ocorrer novamente. Não foi coisa do demon o filme ter levado uma enxurrada de críticas negativas. A direção é falha, Moore não é uma daqueles diretores memoráveis, há uns filmes bons em seus currículos, o cara é um especialista em filmes de ação, mas foi logo se aventurar no terror, deu nada cara, por que ele fez isso? Ainda me pergunto. Não reclamo por nada, há falhas terríveis na história, há faltas de explicações em pontos precisos que deixam o espectador boiando e cheio de perguntas. 


Eu mesma as repito: porquê o padre da maternidade sugeriu a troca dos bebês? Será que ele sabia que o menino era demoniozinho e queria se livrar do baby bad? O vaticano sabia da chegada do anticristo, por que não agiu por si mesmo? Quem é o outro padre que alerta Robert sobre o filho? Esse padre também tem a marca de nascença, 666, assim como Damien também têm, isso nos deixa confusos, porque o filme não explica se ele é amaldiçoado, se é filho do diacho! Por que o padre nasceu com a marca? Essas são as perguntas que nos ficam rodeando nossa cabeça. Fico até agora tentando entender o porquê de uma produção considerada tão esperada fazer um filme chulo desses. Dinheiro fora, dinheiro que poderia ter sido utilizado para contribuir em outro filme.
O elenco de toda forma faz seu trabalho bem, não são atuações de nos deixar pasmos, mas são uma das melhores coisas do filme. Julia Stiles nos passa sinceridade com uma mãe assustada, ao perceber que seu filho não é literalmente um anjinho. Liev Schreiber toma o papel do pai que quer acreditar que seu filho é apenas uma criança inocente. Seamus Davey-Fitzpatrick não fala muito no filme, só nos fuzila com aquele olhar sinistro, o menininho realmente sabe fazer carinha de ruim, bem malvado mesmo. A fotografia é boazinha, gostei muito dos tons de vermelho que caem como luva sobre o tema do filme, afinal, enxofre, sangue, morte, o vermelho é o verdadeiro presente em toda a ambientação. O trailer do filme é outra coisa que se salva, raro aqui! Sobre os sustos, conto nos dedos, uns três que te fazem tremer, mas nada disso, a classificação de terror não é bem vinda ao meu ver.


Não sei se foi falta de tempo, dinheiro, ou até mesmo criatividade, mas me questiono o que leva uma produtora em plena consciência de que iria refilmar um super clássico, deixar ir as telas de cinema uma finalização tão, tão decepcionante, creio que é a palavra certa para meu sentimento e julgamento. Ainda bem que não perdi dinheiro indo ao cinema, teria sido pior, ademais, não recomendo, recomendo como uma forma avaliativa de como um filme tão aguardado pode ser uma experiência ruim. Se forem realmente assistir, assistam, mas estão avisados; depois vejam o clássico The Omen de 1974, bem melhor e insuperável. – Seu filho é o anticristo, mate-o!



Bjoooss!! Até mais...

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