O FILME
DIREÇÃO: Stanley Kubrick
ROTEIRO: Stanley Kubrick. Adaptação do Romance de Stephen King
ANO DE PRODUÇÃO: 1980
O DOCUMENTÁRIO
DIREÇÃO: Rodney Ascher
ANO DE PRODUÇÃO: 2012
Essa é culpa do Felipe. Por sugestão dele meti-me nessa roubada. Analisar ao mesmo tempo um Filme e um Documentário. Se não ficar bom, culpem ele.
Uma breve exposição do Filme: Jack Torrance (Jack Nicholson). alcoólatra em recuperação, escritor fracassado e professor é demitido. Sem outra alternativa para ganhar dinheiro rapidamente recebe uma uma proposta de emprego de meia temporada como zelador do Hotel Overlook, vazio e isolado nas montanhas de Denver pela neve, durante aproximadamente 6 meses.
Imaginando poder usar a tranquilidade do lugar para terminar seu romace de sucesso, Jack aceita o encargo. Acompanho-no a mulher, Wendy e o filho danny de 5 anos de idade.
Entretanto o hotel é assombrado por tragédias do passado e exerce uma influência sobre Danny (o nosso iluminado) e principalmente sobre Jack, que aos poucos vai perdendo o controle até surtar e tentar dar cabo da família sob a influência dos espíritos que habitam o hotel.
Kubrick nos conduz pelos corredores forrados de carpetes do hotel nos mostrando as assombrações, ao mesmo tempo que narra a derrocada da família Torrence, subjulgada peças forças sobrenaturais do lugar.
Gostando ou não de seus filmes, Stanley Kubrick foi um gênio. Então podemos dizer assim: Diretores bons fazem bons filmes, diretores excelentes costumam fazer obras maravilhosas, agora gênios; gênios realizam obras que serão descobertas e redescobertas por muitos e muitos tempos.
É disso que trata Room 237/Quarto 237 o documentário, uma leitura, ou uma redescoberta de 5 aficionados pelo filmes de Kubrick, The Shining/O iluminado. Adaptado da obra de Stephen King (que não gostou nada de ver seu livro radicalmente modificado). Além de ser reconhecido como uma obra de terror ou suspense e que figura na lista de clássicos do cinema o filme possui varias camadas de leitura propositadamente colocadas lá por Kubrick. O documentário, com ajudas dos cinco admiradores da obra, tentam esmiuçar essas camadas que para aqueles que não costumam dar credito a teorias conspiratórias podem soar hilárias. Aliás, foi assim que a mídia focou a obra. Uma piada. De fato há alguns comentários que podem soar estranho, mas o meu conselho é que você assista e julgue por si mesmo.
Vamos olhar algumas dessa teorias vistas pelo entrevistados para o documentário:
O Homem não teria pisado na lua.
Você deve conhecer está. Conspirológos acreditam que a cena amplamente transmitida pelo mundo como supostamente ao vivo do passeio lunar pela tribulação da Apollo 11, tratava-se na verdade de um embuste contratado pelo governo americano, que estava a época perdendo a chamada "corrida espacial" para os Russos. Segundo um dos entrevistado o próprio Kubrick teria tomado parte na encenação e deixaria isso claro na cena em que o garoto Danny passeia com seu triciclo nos corredores e para a frente do assustador quarto 237 (que no inglês é Room Nº 237, um anagrama "Moon", ou melhor "lua" 237). Reforçada ainda pelo fato de que no Hotel que serviu de set para as filmagens, não existe. No seu lugar existe o quarto 217 que teria sido mudado por Kubrick. 237 é também o numero em milhas da distância da terra a lua - 237.000 milhas. Em outra cena Danny aparece vestido com uma camisa de lâ com a frente bordada com a Nave e o nome Apollo 11. O quarto representaria a vergonha de Kubrick por ter participado da farsa.
As experiencia de Controle Mental da CIA nos anos 1950/1960
Um quadro que compõe a decoração do hotel com as letra garrafais escrita "MONARCH" (Monarca,) foi usado como codinome para o programa MKUltra em operação pelo Estados Unidos durante a guerra fria. No programa a CIA usava drogas e alguns procedimentos para tortura e interrogação de presos com o objetivo de obter confissões. O programas fazia estes experimentos usando LSD, Mescalina e técnicas psicológicas e se afirma que o próprio ator jack Nicholson teria ficado lesado durante uma passadinha por alguma sala escura do Tio Sam.
O Holocausto Judeu
O Iluminado estaria cheio de mensagens subliminares que fazem citações ao genocídio Judeu durante a Segunda Grande Guerra. O numero 42 espalhados pelo hotel em vários takes de filmagem seria uma alusão ao ano 1942, e ainda a águia usada como simbolo de poder nazista; tudo seria uma forma que Kubrick havia encontrado para mostrar seu respeito aos mortos nos campos de concentração.
O Genocídio indígena.
Uma lata de de fermento da marca "CALUME" com um perfil de um índio americano é chave para leitura de que o filme contenha elementos a cerca do extermínios das populações indígenas pelos americanos. O nome calume que dizer significantemente "cachimbo da paz". O Hotel Overlook onde o filme foi rodado e localizado no Colorado, foi construído sobre território indígena. A porta do elevador onde ocorre a perturbadora cena do sangue que inunda o corredor seria uma metáfora para dizer que o sangue vinha bem debaixo da terra onde se encontravam os corpos das centenas de indígenas assassinados durante a construção do hotel.
Essas são algumas da leituras feitas pelos entrevistados para o documentário, que nos apresentam ainda interessantes "erros" de continuidade que parecem ter sido propositais, a insana geografia espacial dos diversos compartimentos do hotel que pareciam difícil de entender durante o passeio de Danny no seu triciclo, personagem que entram em um quarto e saem em outro e a misteriosa janela na sala da gerencia, como um lugar improvável de existir uma. Sem falar na decoração dos carpetes com imagens e ícones que mudam de forma e direção a cada cena.
São tantas as camadas de leitura no filme - nazismo, sexo, passado da humanidade, personagens alter-egos etc, mas vai aqui a mais obvia do documentário. Durante a viagem de volta para hotel em que ocorre uma forte nevasca o cozinheiro do hotel ver um acidente em que um fusca vermelho e esmagado por uma carreta. A cena seria diretamente destinada a Stephen King que à época dirigia um carro igual. King teria ficado irritado com as mudanças produzidas por Kubrick na sua obra. E o que ele queria dizer com isso? Que a história tinha um novo dono, e por isso ele faria o que quisesse com ela.
A produção é de baixíssimo orçamento com um apanhado de imagens de outras obras de Kubrick usadas para para complementar os argumentos dos entrevistados, expressões similares de personagens criados por Kubrick, sobreposições de imagens que formam outras em fim uma salada que nem sempre são convincentes.
Todas as ideias são tremendamente instigantes, e ainda que formem um corpo de uma teoria conspiratória, vale uma olhada pela inquietação de seus símbolos. E por que pode ser uma daquelas redescoberta da obra de um gênio.
Gostando ou não de seus filmes, Stanley Kubrick foi um gênio. Então podemos dizer assim: Diretores bons fazem bons filmes, diretores excelentes costumam fazer obras maravilhosas, agora gênios; gênios realizam obras que serão descobertas e redescobertas por muitos e muitos tempos.
É disso que trata Room 237/Quarto 237 o documentário, uma leitura, ou uma redescoberta de 5 aficionados pelo filmes de Kubrick, The Shining/O iluminado. Adaptado da obra de Stephen King (que não gostou nada de ver seu livro radicalmente modificado). Além de ser reconhecido como uma obra de terror ou suspense e que figura na lista de clássicos do cinema o filme possui varias camadas de leitura propositadamente colocadas lá por Kubrick. O documentário, com ajudas dos cinco admiradores da obra, tentam esmiuçar essas camadas que para aqueles que não costumam dar credito a teorias conspiratórias podem soar hilárias. Aliás, foi assim que a mídia focou a obra. Uma piada. De fato há alguns comentários que podem soar estranho, mas o meu conselho é que você assista e julgue por si mesmo.
Vamos olhar algumas dessa teorias vistas pelo entrevistados para o documentário:
O Homem não teria pisado na lua.
Você deve conhecer está. Conspirológos acreditam que a cena amplamente transmitida pelo mundo como supostamente ao vivo do passeio lunar pela tribulação da Apollo 11, tratava-se na verdade de um embuste contratado pelo governo americano, que estava a época perdendo a chamada "corrida espacial" para os Russos. Segundo um dos entrevistado o próprio Kubrick teria tomado parte na encenação e deixaria isso claro na cena em que o garoto Danny passeia com seu triciclo nos corredores e para a frente do assustador quarto 237 (que no inglês é Room Nº 237, um anagrama "Moon", ou melhor "lua" 237). Reforçada ainda pelo fato de que no Hotel que serviu de set para as filmagens, não existe. No seu lugar existe o quarto 217 que teria sido mudado por Kubrick. 237 é também o numero em milhas da distância da terra a lua - 237.000 milhas. Em outra cena Danny aparece vestido com uma camisa de lâ com a frente bordada com a Nave e o nome Apollo 11. O quarto representaria a vergonha de Kubrick por ter participado da farsa.
As experiencia de Controle Mental da CIA nos anos 1950/1960
Um quadro que compõe a decoração do hotel com as letra garrafais escrita "MONARCH" (Monarca,) foi usado como codinome para o programa MKUltra em operação pelo Estados Unidos durante a guerra fria. No programa a CIA usava drogas e alguns procedimentos para tortura e interrogação de presos com o objetivo de obter confissões. O programas fazia estes experimentos usando LSD, Mescalina e técnicas psicológicas e se afirma que o próprio ator jack Nicholson teria ficado lesado durante uma passadinha por alguma sala escura do Tio Sam.
O Holocausto Judeu
O Iluminado estaria cheio de mensagens subliminares que fazem citações ao genocídio Judeu durante a Segunda Grande Guerra. O numero 42 espalhados pelo hotel em vários takes de filmagem seria uma alusão ao ano 1942, e ainda a águia usada como simbolo de poder nazista; tudo seria uma forma que Kubrick havia encontrado para mostrar seu respeito aos mortos nos campos de concentração.
O Genocídio indígena.
Uma lata de de fermento da marca "CALUME" com um perfil de um índio americano é chave para leitura de que o filme contenha elementos a cerca do extermínios das populações indígenas pelos americanos. O nome calume que dizer significantemente "cachimbo da paz". O Hotel Overlook onde o filme foi rodado e localizado no Colorado, foi construído sobre território indígena. A porta do elevador onde ocorre a perturbadora cena do sangue que inunda o corredor seria uma metáfora para dizer que o sangue vinha bem debaixo da terra onde se encontravam os corpos das centenas de indígenas assassinados durante a construção do hotel.
Essas são algumas da leituras feitas pelos entrevistados para o documentário, que nos apresentam ainda interessantes "erros" de continuidade que parecem ter sido propositais, a insana geografia espacial dos diversos compartimentos do hotel que pareciam difícil de entender durante o passeio de Danny no seu triciclo, personagem que entram em um quarto e saem em outro e a misteriosa janela na sala da gerencia, como um lugar improvável de existir uma. Sem falar na decoração dos carpetes com imagens e ícones que mudam de forma e direção a cada cena.
São tantas as camadas de leitura no filme - nazismo, sexo, passado da humanidade, personagens alter-egos etc, mas vai aqui a mais obvia do documentário. Durante a viagem de volta para hotel em que ocorre uma forte nevasca o cozinheiro do hotel ver um acidente em que um fusca vermelho e esmagado por uma carreta. A cena seria diretamente destinada a Stephen King que à época dirigia um carro igual. King teria ficado irritado com as mudanças produzidas por Kubrick na sua obra. E o que ele queria dizer com isso? Que a história tinha um novo dono, e por isso ele faria o que quisesse com ela.
A produção é de baixíssimo orçamento com um apanhado de imagens de outras obras de Kubrick usadas para para complementar os argumentos dos entrevistados, expressões similares de personagens criados por Kubrick, sobreposições de imagens que formam outras em fim uma salada que nem sempre são convincentes.
Todas as ideias são tremendamente instigantes, e ainda que formem um corpo de uma teoria conspiratória, vale uma olhada pela inquietação de seus símbolos. E por que pode ser uma daquelas redescoberta da obra de um gênio.



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Excelente postagem deste que é um dos nossos melhores autores: Mestre Assis Oliveira.
ResponderExcluirObrigado amigo, bondade suas.
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