domingo, junho 09, 2013

Ben Howard - Every Kingdom, 2011

Dia 158 - Felipe Pereira 152

Eu conheci o britânico Ben Howard de uma maneira muuuuito escrota, cara! Sem ideia, dá até vergonha de contar, mas vamos lá. Vocês conhecem uma banda chamada Daughter? Conhecem sim, o Michel Euclides já falou sobre ela por aqui. Tenho muito orgulho de dizer que eu apresentei Daughter para o Sr. Euclides. E digo mais: De nada! Teve um ponto da minha vida que eu tava afundado nessa banda até a canela, queria ver e ouvir tudo o que tivesse relação a ela, teva meio viciado mesmo. Então um dia, na minha peregrinação diária no Youtube, vendo esse vídeo aqui, lá nos vídeos relacionados, uma coisa me chamou atenção. Naqueles tumbnails minúsculos havia escrito algo muito bizarro: Ben Howard covers Call Me Maybe in the Live Lounge. Eu tenho um histórico de curiosidade mórbida que já me colocou em algumas situações bem bizarras, um dia talvez até conte algumas aqui, coisa meio pesada, nada sexual ou satanista, na maior parte das vezes eu nem precisei sair de casa para me ver em tais situações, mas mesmo assim eu nem gosto de falar disso em público. Pois bem, eu não sei se vocês conhecem Call Me Maybe, mas ela é considerada por alguns como a pior música do mundo na semana passada. E é realmente bem ruim, eu não sei até agora o que me fez acreditar que essa obra do capeta fosse ficar boa na voz de um cantor que eu nunca havia ouvido antes. Mas cá estamos nós... Não me surpreendeu em nada que a música não hovesse ficado boa no fim das contas, mas algo ali, naquela reinterpretação trágica porém heroica, me chamou a atenção. A voz do cara era muito bacana e ele era um instrumentista e tanto. E a versão dele ficou respeitável, convenhamos, ganhou um peso e se tornou bem sombria, eu fiquei até meio impressionado. Até o ponto em que o cara não se aguenta e começa a rir da letra inspiradíssima da não muito talentosa Carly Rae Jepsen. Mas eu decidi dar uma chance ao cara, mesmo com sua escolha meio duvidosa de repertório e, aí sim, tive uma boa surpresa. O disco Every Kingdom lançado em 2011, conta com 10 músicas (e graças a Odin, Call me Maybe não está entre elas), entre baladas românticas e músicas apenas tristes e, claro, todo aquele feeling que apenas os britânicos e os alienígenas são capazes de passar. Eu realmente queria que se fabricasse uma droga que te fizesse sentir e agir como um britânico, cara! Sério, esse povo não é dessa dimensão! Eles conseguem traduzi sentimento em arte de uma maneira que nenhum outro povo nesse insignificante ponto azul flutuante é capaz de fazer. E Ben Howard tem toda essa carga de sentimento, seja na voz ou no instrumental e principalmente em suas letras, que falam sobre solidão, sobre fé (ou a falta dela), seja em Deus ou no amor, sobre desapontamento e medo, mas sem ficar sombrio além da conta, aquele modo britânico enevoado de ver o mundo naturalmente. Se quer uma referência, o cara vai na mesma vibe do Passenger, também mencionado aqui pelo Michel Euclides. Desse disco eu destaco as excelentes:

The Wolves

Old Pines

Diamonds

The Fear
(PODEROSA PACARAMBA)

E, a que é, para mim, a música do disco:
Black Flies

Every Kingdom é um disco viciante, daqueles que você presta atenção a cada letra, daqueles que, em tempos mais antigos, você sentava no sofá com seus fones de ouvido e seu discman da Aiwa e acompanhava a música no encarte do disco (que saudade eu tenho disso!). Música pra “curtir”, seja com alguém ou na fossa. Se não conhece, meu amigo, vá atrás agora!

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