quarta-feira, maio 01, 2013

O Último Desafio

Dia 121 - Felipe Pereira 115
The Last Stand - 2013
Dir: Jee-woon Kim
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Forest Whitaker, Johnny Knoxville, Rodrigo Santoro.

Eu tô zonzo até agora, não sei o que escrever desse filme e a minha vontade é de dar nota máxima pela coragem e pela cara de pau de fazer algo tão absurdo!
A primeira parte de O Último Desafio, coisa que deve ter uma hora de duração, é um negócio sério, uma ação empolgante, violenta, elétrica, coisa de primeira, negócio de profissional. Nela acompanhamos o Xerife Ray Owens em seu dia de folga em sua cidadezinha pacata onde nada acontece em dia de jogo. Dia comum, nada fora do normal. Ao mesmo tempo, do outro lado do país, em Las Vegas um mega traficante mexicano que está sob custódia do FBI sendo transportado para uma prisão de segurança máxima quando um grupo de capangas do sujeito executa uma operação inacreditável para libertá-lo, uma fuga cinematográfica (dãã), coisa de maluco, cara! Só vendo. Tem até ninja na operação. Ninjas e um imã gigante! No meio da coisa toda o bandidão, um tal de Gabriel Cortéz (Eduardo Noriega, de A Espinha do Diabo (que é um filmaço, diga-se de passagem, qualquer dia desses falo dele aqui)) consegue escapar e pôr em execução um plano que envolve caras uns vestidos de laranja para cobrir sua fuga. No percurso o sujeito e sua cara de meme troca de roupa, veste um terno daqueles de mafioso e mata um policial, fazendo questão de mencionar o fato de que a esposa dele está para ter um bebê (eu ia escrever “dar cria”, mas...) só pra te deixar com raiva e pensar: “mas que cara mal, bobo e mal!
Então voltamos À cidade do Xerife, onde um grupo de caras suspeitos invade a fazenda de um velhinho e matam o sujeito sem nenhuma razão aparente, por que logo em seguida eles deixam a fazendo e vão pra um lugar que não passa nem perto dela. Está armada a trama de The Last Stand, mas eu vou recapitular só por que ela é muito maluca: O traficante com cara de meme (já explico isso) foge do FBI e precisa cruzar o país para chegar ao México, onde o FBI teoricamente não pode detê-lo. Para isso ele bola o plano maluco envolvendo imãs, gente vestindo roupas laranja e o velhinho do leite sendo assassinado. O grupo de caras suspeitos que mata o velho é na verdade o bando de capangas do Meme (eu vou chamar esse cara assim o texto inteiro, se acostuma) que tem por objetivo liberar passagem a do sujeito até o México matando tudo e todos que possam atrapalhar a passagem dele pelo país, o que dá direito a um carro com bico, que vai arrastando tudo o que vem à frente enquanto os caras metralham todo mundo. Um grupinho muito bizarro, por sinal.
Detalhe, o sujeito vai cruzar o país num carrão genérico daqueles tipo “uau, que carrão genérico que eu nunca me lembrarei da marca” tunado com um motor de avião (exagero).
Mas eis que, no caminho do sujeito há um Exterminador. E ele não vai se fazer de mole pro hermano.
O último desafio começa sério pacas e, lá pra uma hora de filme, vira uma zona do cacete. Degringola pra comédia de ação de uma forma descarada e sem nenhum pudor. Piadinhas, humor físico, piadas mórbidas... É uma maluquice sem precedentes. E isso é ótimo, torna a coisa divertidíssima.
O elenco do filme é bem bacana e eu não fazia ideia de metade dele. A começar tem o John Knoxville, do Jackass, que não é lá meu maior ídolo, mas que tá muito bem como alívio cômico. O sujeito tem um museu de armas como desculpa pra guardar em casa um arsenal de guerra. Depois, do nada surge quem? Rodrigo Santoro! Nesse ponto eu já tava meio “como assim???”. O cara é um sujeito problemático que tá passando o fim de semana na prisão por roubo, negócio meio sem pé nem cabeça. Depois disso surge o Forest Whitaker como o cara do FBI. O FBI inteiro nesse filme só serve pra explicar o cenário, só isso. Só pra explicar a história (tin tin por tin tin) e o cenário. Poderiam até trocar as siglas de FBI pra GPS.
E por fim, o vilão do filme, Gabriel Cortéz, O Meme. Porque meme? Por que o sujeito tem cara de meme, sério, ó só:
Eu não vou aqui fazer uma crítica profunda, buscando no bagulho algo cult e inteligente, é um filme de ação engraçado e divertido, com um elenco bacana e uma história qualquer coisa. Não vou dizer que é algo que vale pela ação por que não precisa, não sejamos hipócritas, o filme é bom mesmo. Me divertiu pacas, tem um monte de defeitos, de roteiro, de continuidade, tem coisa que está lá só pra mostrar o quanto o bandido é fodão e os capangas são do mal, o diretor não tem noção nenhuma de tempo e espaço ou distância (nenhuma mesmo), mas tem seu charme!
A fotografia do filme é uma coisa de maluco, a direção é empolgante, o cara faz uns jogos de câmera sensacionais e o elenco segura a barra.
O Schwarzenegger, quase sessentão corre, pula, cai, atropela, usa dublê aqui e acolá, mas faz umas cenas mais complicadas também, só não atua, mas isso ele nunca fez mesmo, então... A minha surpresa maior foi com o Santoro, com um jeitão de astro de ação, tem uma participação bem grande no filme e eu me arrisco a dizer que ele dava um protagonista de produção hollywoodiana sem grandes problemas.
Sem falar na sucessão de piadinhas, algumas geniais, tipo a cena do restaurante/bar com os velhinhos, simplesmente sensacional.
Sinceramente? Eu me diverti pra caramba e dentro do contexto da obra em que... quer saber? Eu não vou mais me explicar, engole essa:
É de uma cara de pau tão grande que eu me sentiria culpado se desse uma nota mais baixa que:
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