Dia 79 - Felipe P. 76
Psycho - 1960
Dir: Alfred Hitchcock
Elenco: Anthony Perkins, Janet Leigh, Vera Miles.
O que eu vou dizer agora é algo meio criminoso, uma
verdadeira blasfêmia: nunca tinha visto Psicose. Mas eis que eu vi, reverti a
situação e constatei que nenhum filme se torna clássico à toa, nenhuma obra resiste
por meio século influenciando obras posteriores e servindo de objeto de estudo
apenas por ser um bom filme. Para tanto, é necessário se tornar um clássico,
imortal, que não morre no final.
E Psicose é um clássico, disso eu lhes garanto.
É afirmar o óbvio, é levar 53 anos para constatar o que
todo mundo já sabe, mas Psycho, do mestre do suspense Alfred Hitchcock é um
filmaço ainda hoje. E não é do tipo de filme que se assiste fazendo concessões,
levando-se em consideração a época na qual foi filmado ou o plano de fundo histórico,
pelo contrário, é algo que funciona e perfeitamente ainda hoje é surpreendente
e desconcertante.
Na trama, Marion Crane (Janet Leigh) está fugindo após
ter roubado 40 mil dólares do próprio chefe e acaba chegando ao Motel Bates,
onde encontra Norman Bates (Anthony Perkins), o jovem e carismático
recepcionista do lugar. Norman toma conta do Motel enquanto mora com a mãe
doente na casa ao lado, uma mansão antiga no topo de uma pequena colina. Tudo
parece bem, correndo dentro dos planos da moça, até que algo dá terrivelmente errado
e...
Não vou contar, acredite se quiser, um spoiler de um filme de mais de meio século ainda pode estragar a experiência. Para quem não viu, pelo menos, como no meu caso. É como descobrir hoje que Darth Vader é o pai do Luke, mas se tudo o que você sabe sobre Psicose é que há um assassinato no chuveiro ao som de violinos estridentes, eu lhe asseguro que há muito mais que isso.
Não vou contar, acredite se quiser, um spoiler de um filme de mais de meio século ainda pode estragar a experiência. Para quem não viu, pelo menos, como no meu caso. É como descobrir hoje que Darth Vader é o pai do Luke, mas se tudo o que você sabe sobre Psicose é que há um assassinato no chuveiro ao som de violinos estridentes, eu lhe asseguro que há muito mais que isso.
Seja pela história, que acabou ficando inevitavelmente
datada, seja pelas atuações classudas ou pela técnica de filmagem do monstruoso
Hitchcock, vale muito a pena apreciar essa joia, cara. Não por que é um
clássico intocável, não por que é algo velho e empoeirado que as pessoas insistem
em colocar num pedestal, eu tô dizendo, o negócio sobrevive bem ainda hoje e
serve de referência a um milhão de obras, de Tarantino a Big Bang Theory, a
novela global com aqueles misteriozinhos batidos de quem matou quem, com suas
reviravoltas genéricas. Psicose deu origem a tudo isso e ainda se mantém
superior.
Eu mencionei Tarantino por que a estrutura do filme é
muito semelhante a um dos trabalhos recentes do cara, à Prova de Morte. Não vou
me aprofundar aqui por que ainda pretendo escrever sobre esse, mas se você
reparar bem, o ritmo e a história são basicamente a mesma.
Esse é um daqueles casos em que o filme termina e você
sente vontade de ver tudo o que o diretor fez, cara! Filmaço, filmaço!
Minha dica é essa: se você já viu, veja outra vez pra
relembrar. Se não viu, deixe o preconceito de lado e vá de cabeça por que você
não vai se desapontar.
PS: segundo Hitchcock o filme deve ser visto como uma comédia, o que em alguns momentos, em certos diálogos, não é lá grande dificuldade, mas de todo é meio complicado rir vendo esse negócio...
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