domingo, março 31, 2013

De Ridley Scott: Chuva Negra, por Carlos Alberto

Dia 90 - Carlos Alberto 3
Olá “Ones”! rsrs
Desculpem a ausência! Depois de uns problemas técnicos na minha existência, com esse épico policial de Ridley Scott, um dos últimos “passageiros” da Era de Ouro, volto aos poucos pro 01PD!
Realiza: Saca o tamanho da porra da moral da Yakusa! :
Chegar na hora do almoço de uma “paçocada” de políticos, mafiosos e policiais, e simplesmente sangrar íntima e pessoalmente dois infelizes que tiveram o azar de contrariar a organização criminosa mais poderosa do Japão, talvez um dos últimos shogunatos do país dos samurais. Porém, um “shogunato de ronins”, como eram chamados os guerreiros que cortavam seus laços com os mestres de clãs e o status quo social, preferindo ficar à margem, ou somente da sociedade, ou à margem da lei mesmo.
A cena extremamente trash e atrevida foi testemunhada de cara no chão e goela seca por Nick e Charlie, tiras, que depois dessa bagaça iniciam a caçada por um “pé no saco” que tá pouco se lixando pro código de “honra” da Yakusa e planeja 'aquela' traíragem que sempre custa um ou mais dedos de quem se atreve à tamanha “desonra”.
De primeira eles conseguem capturar Sato, e depois de umas politicagens e “burrocracias” Nick e Charlie
acabam sendo designados para deportarem pessoalmente “o pacote”. Mas, já no aeroporto, em Tokio, são recebidos, e enrolados, pela “calorosa” recepção de uma galera disfarçada de policiais, que, na maior, levam Sato, que não deixa de jurar de morte os dois antes de ser escoltado tranquilamente para a liberdade.
E antes de sentarem de volta a seus lugares, a escolta policial de verdade lhes esfrega na cara os distintivos e a merda que eles fizeram: não conferir os documentos, pra eles em intraduzível japonês, e confirmar as identificações. Nick fica puto de fúria, convence Charlie a permanecerem no Japão até por um fim nessa sacanagem que Sato aprontou.
Apartir daí tem início um “belo tratado” cinematográfico que aborda os intensos choques e diferenças culturais entre Japão e Estados Unidos. De um lado, dois policiais cientes e bem versados no “jeitinho americano” de resolver as coisas, do outro, Matsumoto Masahiro, um policial exemplar, disciplinado e extremamente afeito às normas e tradições de uma Força Policial que até a antiga arte de forjar samurais, Kendo, inclui na formação de seus membros.
O que acontece quando mundos tão avessos colidem tendo que unir forças que têm conceitos quase opostos de justiça e moral? O que será que vai dar do atrito entre “o sushi com pauzinhos” e “o tosco arrotar coca-cola com batata frita”?
Num sei. Só sei que foi assim: =P
Até o karaokê Ridley Scott inventa de mencionar! rsrs E é durante esta cena que os três aproximam-se mais. Charlie chama o Masa pra cantar enquanto Nick tem mais contato com Joice, louraça gaijin americana, a quem chama “carinhosamente” de Chicago, (marróia máh! ^^D) e entre uma esquivada e outra faz o papel de informante e “guia turístico” de Nick.
Foda é a cena seguinte abalar completamente as estruturas da trama. Uma das mais chocantes cenas de assassinato daquela época. Mais uma daquelas clássicas, num estacionamento, que somente os Imortais anos 80 conseguiram eternizar.
A fotografia de Chuva Negra é daquelas “de Raça”, que parece vir se desfazendo e toscamente se digitalizando apartir dos anos 90. Mais uma lamentação dos nostálgicos e puristas. E aliadas à fotografia, à velha fumaça noir que fica impregnada nos vários tons escuros dos ambientes e até diálogos, e à um produção fdp de massa, as motocicletas da Susuki completam a beleza melancólica que faz até lembrar um pouco Blade Runner, este que tornou-se praticamente a Assinatura do Mestre. Talvez muitos concordem comigo nesta opinião pessoal.

E por falar em pureza, a história toda gira em torno de duas peças, matrizes perfeitas de cédulas para falsificação de dinheiro, que aposentaria qualquer um que as possuísse. Peças roubadas por Sato, que além da polícia, tem os metacarpianos coçando de pavor por ter o Oyabun Sugai louco para arrancá-los.
E é justamente por isso que a certa altura Nick fica frente à frente com Sugai e simplesmente, bem naquele estilo boçal que só um americano consegue suportar em si mesmo, diz ser ele a solução de todos os seus problemas. E depois dessa, Sugai, depois de explicar a Nick a “filosofia” que “justifica” a Yakusa, lhe dá a chance de acabar com Sato de uma vez por todas.
    
“I was 10 when the B-29 came. My family lived underground for three days. We when came up the city was gone. Then the heat brought rain. Black rain. You made the rain black, and shoved your values down our throats. We forgot who we were. You created Sato and thousands like him. I'm paying you back.”
[Sugai, Oyabun Yakusa]
Claro que não vou contar o final!
Desse não! ^^D
Da última vez que estive pelo 01PD prometi invadir um bairro. Essa missão eu tive que adiar.
Mas ela não foi esquecida...
Então Galera,
Kanpai!
Sayonara! E...
Banzaeeeeeee!!!!! kkkkkkkkkkkkk ^^D


2 comentários:

  1. Parabéns pela excelente postagem, Carlos. É de praxe, é claro, a qualidade surtada, e isso é massa!

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    1. Valeeeu Michel!!!!

      Essa brotou de um lanche incidental zapeando na Sky! Sem pause, pouco tempo pra pesquisa, realmente surtado, uma "epifania dominical"! Na raça! ^^D Adorei fazer, o improviso tem gosto surf! rsrsrs

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