Dia 90 - Carlos Alberto 3
Olá “Ones”! rsrs
Desculpem a ausência! Depois de uns problemas técnicos na
minha existência, com esse épico policial de Ridley Scott, um dos últimos
“passageiros” da Era de Ouro, volto aos poucos pro 01PD!
Realiza: Saca o tamanho da porra da moral da Yakusa! :
Chegar na hora do almoço de uma “paçocada” de políticos,
mafiosos e policiais, e simplesmente sangrar íntima e pessoalmente dois
infelizes que tiveram o azar de contrariar a organização criminosa mais
poderosa do Japão, talvez um dos últimos shogunatos do país dos samurais.
Porém, um “shogunato de ronins”, como eram chamados os guerreiros que cortavam
seus laços com os mestres de clãs e o status quo social, preferindo ficar à
margem, ou somente da sociedade, ou à margem da lei mesmo.
A cena extremamente trash e atrevida foi testemunhada de
cara no chão e goela seca por Nick e Charlie, tiras, que depois dessa bagaça
iniciam a caçada por um “pé no saco” que tá pouco se lixando pro código de
“honra” da Yakusa e planeja 'aquela' traíragem que sempre custa um ou mais
dedos de quem se atreve à tamanha “desonra”.
De primeira eles conseguem capturar Sato, e depois de
umas politicagens e “burrocracias” Nick e Charlie
acabam sendo designados para
deportarem pessoalmente “o pacote”. Mas, já no aeroporto, em Tokio, são
recebidos, e enrolados, pela “calorosa” recepção de uma galera disfarçada de
policiais, que, na maior, levam Sato, que não deixa de jurar de morte os dois
antes de ser escoltado tranquilamente para a liberdade.
E antes de sentarem de volta a seus lugares, a escolta
policial de verdade lhes esfrega na cara os distintivos e a merda que eles
fizeram: não conferir os documentos, pra eles em intraduzível japonês, e
confirmar as identificações. Nick fica puto de fúria, convence Charlie a
permanecerem no Japão até por um fim nessa sacanagem que Sato aprontou.
Apartir daí tem início um “belo tratado” cinematográfico
que aborda os intensos choques e diferenças culturais entre Japão e Estados
Unidos. De um lado, dois policiais cientes e bem versados no “jeitinho
americano” de resolver as coisas, do outro, Matsumoto Masahiro, um policial
exemplar, disciplinado e extremamente afeito às normas e tradições de uma Força
Policial que até a antiga arte de forjar samurais, Kendo, inclui na formação de
seus membros.
O que acontece quando mundos tão avessos colidem tendo
que unir forças que têm conceitos quase opostos de justiça e moral? O que será
que vai dar do atrito entre “o sushi com pauzinhos” e “o tosco arrotar
coca-cola com batata frita”?
Num sei. Só sei que foi assim: =P
Até o karaokê Ridley Scott inventa de mencionar! rsrs E é
durante esta cena que os três aproximam-se mais. Charlie chama o Masa pra
cantar enquanto Nick tem mais contato com Joice, louraça gaijin americana, a
quem chama “carinhosamente” de Chicago, (marróia máh! ^^D) e entre uma
esquivada e outra faz o papel de informante e “guia turístico” de Nick.
Foda é a cena seguinte abalar completamente as estruturas
da trama. Uma das mais chocantes cenas de assassinato daquela época. Mais uma
daquelas clássicas, num estacionamento, que somente os Imortais anos 80
conseguiram eternizar.
A fotografia de Chuva Negra é daquelas “de Raça”, que
parece vir se desfazendo e toscamente se digitalizando apartir dos anos 90.
Mais uma lamentação dos nostálgicos e puristas. E aliadas à fotografia, à velha
fumaça noir que fica impregnada nos vários tons escuros dos ambientes e até
diálogos, e à um produção fdp de massa, as motocicletas da Susuki completam a
beleza melancólica que faz até lembrar um pouco Blade Runner, este que
tornou-se praticamente a Assinatura do Mestre. Talvez muitos concordem comigo
nesta opinião pessoal.
E por falar em pureza, a história toda gira em torno de
duas peças, matrizes perfeitas de cédulas para falsificação de dinheiro, que
aposentaria qualquer um que as possuísse. Peças roubadas por Sato, que além da
polícia, tem os metacarpianos coçando de pavor por ter o Oyabun Sugai louco
para arrancá-los.
E é justamente por isso que a certa altura Nick fica
frente à frente com Sugai e simplesmente, bem naquele estilo boçal que só um
americano consegue suportar em si mesmo, diz ser ele a solução de todos os seus
problemas. E depois dessa, Sugai, depois de explicar a Nick a “filosofia” que
“justifica” a Yakusa, lhe dá a chance de acabar com Sato de uma vez por todas.
“I was
10 when the B-29 came. My family lived underground for three days. We when came
up the city was gone. Then the heat brought rain. Black rain. You made the rain
black, and shoved your values down our throats. We forgot who we were. You
created Sato and thousands like him. I'm paying you back.”
[Sugai, Oyabun Yakusa]
Claro que não vou contar o final!
Desse não! ^^D
Da última vez que estive pelo 01PD prometi invadir um
bairro. Essa missão eu tive que adiar.
Mas ela não foi esquecida...
Então Galera,
Kanpai!
Sayonara! E...
Banzaeeeeeee!!!!! kkkkkkkkkkkkk ^^D
Parabéns pela excelente postagem, Carlos. É de praxe, é claro, a qualidade surtada, e isso é massa!
ResponderExcluirValeeeu Michel!!!!
ExcluirEssa brotou de um lanche incidental zapeando na Sky! Sem pause, pouco tempo pra pesquisa, realmente surtado, uma "epifania dominical"! Na raça! ^^D Adorei fazer, o improviso tem gosto surf! rsrsrs