terça-feira, março 26, 2013

Acústico - Capital Inicial, ou: O Último Suspiro Daquela Que Já Foi Uma Das Maiores Bandas de Rock Do Brasil

Michel 80. Dia 85.
Para mim apenas três discos acústicos merecem o título de "muito bom": Legião, Cássia Eller e Capital. Os demais foram apenas... bonzinhos.

Perdoem-me pela franqueza, mas é assim que as coisas são. Pode ser que para outras pessoas seja diferente, mas, viva! Eis aqui a tão aclamada diversidade de opiniões e pensamentos.

"Capital Inicial - Acústico MTV" (2000) te surpreende pela sonoridade simples e despretensiosa - marca da banda nos idos anos 1980, quando se fazia um rock mais sujo, menos pop, mais rebelde, menos Fausto Silva.

É bacana, os caras querem ganhar dinheiro e tal, o tempo muda e nós também, blablablablabla...

O que eu acho covardia é mudar tão completamente a ponto de perder a identidade da banda. E o Capital para mim morreu depois do Acústico, quando o Dinho resolveu crescer em cima dos outros e brincar de susto.

Separados por um Alex Cross.
Então, o que marca neste acústico é que o Capital ainda era o Capital, com resquícios e orgulho de ter sido, um dia, Aborto Elétrico, gêmeo da Legião na maternidade do Rock.


Dá saudade do velho Capital Inicial ouvir o acústico mais uma vez. Mesmo as músicas novas - que prenunciavam as mudanças por vir - ainda têm um apelo, uma identidade que lembra aquele rock meio revoltado dos anos 1980.

E aqui, para mim, foi o meu adeus ao Capital Inicial. O disco não é perfeito, mas suas qualidades nutrem intensamente as carências.









Vale as lembranças e os momentos de cantar, em voz alta, "Veraneio Vascaína" quando passava um carro da polícia; ou quando se revoltava com a hipocrisia dos religiosos e se cantava "Fátima" de maneira independente e levemente desesperada.

Capital Inicial, saudades.

Abraços a todos.

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