segunda-feira, janeiro 28, 2013

The Queen Is Dead - The Smiths, ou: Anos 1980, please come back...

Michel 27. Dia 28.

O que há de bom em The Smiths?

1. Eles são britânicos.
2. O Morrissey.
3. Johhny Marr.
4. A banda é foda.

Dito isto, segue a análise de hoje: The Queen is Dead (1986), The Smiths.

Em 1986 em tinha quatro anos de idade. Posso sentir as engrenagens de sua cabeça funcionando agora, calculando. Vou fazer trinta e um anos em março próximo, e me sinto cansado e velho. Sofro de uma síndrome chamada "vetus anima in novi corporis". Os sintomas são parecidos para todo mundo que sofre deste mal: gostar de coisas boas e velhas a despeito da idade.

The Smiths é bom - isso é um fato. Existe essa revolta contra o indie, e eu acho a maior bobagem. Ser indie hoje em dia significa ser original, fugir do mainstream, ser diferente e bacana - e os Smiths já eram assim antes de termos e rótulos.

The Queen Is Dead tem uma sonoridade pura e rebelde típica da época. As desilusões amorosas, a luta contra os estereótipos, a juventude perdida em sonhos e ilusões... tão típico da geração que hoje atravessa a meia idade... "Ei, nós deveríamos ter salvado o mundo", gritam eles para nós, os niilistas supremos herdeiros de um nada inconsequente.

Um disco ácido, seco, mas que nem por isso deixa de ser romântico e sensível. E verdadeiro.

Um disco como não se sabe fazer mais. Bem, talvez o Los Hermanos tenha abraçado algo da essência do que os Smiths tentaram nos passar, talvez seja apenas eu ficando louco, mas quem somos nós para salvar o mundo quando há tantos corações partidos?


Atenção às faixas: "I Know It's Over", "Never Had No One Ever", "Bigmouth Strikes Again", "The Boy With The Thorn In His Side" e "There's A Light That Never Goes Out". São músicas essenciais à formação do caráter de um ser humano. São músicas que eu gostaria de ver meus filhos tocando, cantando e murmurando por aí, mesmo que ninguém conheça, mesmo que ninguém se lembre.


O filme "500 dias com ela" coloca os Smiths em evidência. Se não viu ainda, veja. Temos Joseph Gordon-Levitt e Zooey Deschanel como o casal arquetípico das músicas dessa época/era, principalmente sob a influência de Morrissey e companhia.


E não deixai The Smiths serem esquecidos. Amém.

Classificação:




Boa Noite a todos.
O Ladrão de Almas, M. Euclides.

Um comentário:

  1. Ahh...The Smiths e '500 dias com ela'(pela 5ª vez..acho). Já tenho o que fazer hoje.

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