quarta-feira, janeiro 02, 2013

MOONRISE KINGDOM

DIA 02 - Felipe P. 02
Moonrise Kingdom – 2012
DIR: Wes Anderson
Elenco: Bruce Willis, Edward Norton, Bill Murray, Frances McDormand, Tilda Swinton, Jared Gilman, Kara Hayward.

Para o segundo dia do segmento cinematográfico do 01PD, eu escolhi algo que precisava ver desesperadamente.
Moonrise Kingdom, do diretor Wes Anderson, que assina também Viagem à Darjeeling e O Fantástico Senhor Raposo, entre outras obras.
O filme conta a história de Sam, um jovem órfão que se apaixona por uma garota da mesma idade durante uma apresentação teatral de A Arca de Noé, na qual ela interpretava um corvo. Ele e a garota, Suzy, após se conhecerem, passam a trocar cartas secretas e tramam uma fuga para viver juntos.
Sam, o integrante menos popular de um grupo de escoteiro, e Suzy, uma menina “problemática” colocam o plano de fuga em prática e passam a ser perseguidos pelo grupo de escoteiros em “missão de resgate” e pela família da garota.
Moonrise Kingdom é uma jornada de autoconhecimento de dois jovens apaixonados, vivendo uma intensa história de amor em um mundo no qual ninguém está disposto a aceitar essa paixão. Uma história de amor proibido. Mas não uma história de amor proibido qualquer. Uma história guiada por ninguém menos que Wes Anderson, um dos mais brilhantes diretores de cinema da atualidade (eu sou suspeito pra falar, quem acompanhava meu blog antigo sabe que eu sou maluco pelos filmes do sujeito).
Quem conhece, e aprecia, o trabalho de Anderson sabe do que eu digo quando falo que ao ver um filme do sujeito é preciso entrar no mundo dele. Ele vive em um mundo próprio, que é exatamente igual ao nosso, mas é ~diferente~ por uma ou por outra razão. Wes Anderson tem o dom único de enxergar o mundo e filmá-lo como o vê. O dom de nos mostrar exatamente como ele o enxerga. Moonrise Kingdom é a transposição da vida – maluca como ela é –
para a tela. É como acompanhar de perto uma daquelas situações nas quais não se pode interferir, apenas acompanhar e esperar pra ver como termina. E torcer por um final justo.
São infinitas as tentativas dos personagens de Edward Norton e Bruce Willis em mudar o rumo da trama e pôr a situação sob controle, mas quem vive, quem sabe como a vida funciona, sabe também que certas coisas simplesmente não podem ser controladas, certos rumos não podem ser alterados. Ainda mais quando se é jovem e rebelde e apaixonado (salvas proporções, afinal estamos falando de Wes Anderson, o que torna as coisas um pouco ~diferentes~) e se tem meio mundo, que nãos se dá o trabalho de te ouvir, querendo te “colocar na linha”.
Um fato interessante é que o filme se passa nos anos sessenta, então chega-se a falar em lobotomia e terapia de choque para controlar o comportamento agressivo de Sam. É quando o jogo vira de uma forma tão divertida e inesperada, dando uma infinidade de novas e imprevisíveis possibilidades à trama... É simplesmente prazeroso ver um filme tão bem executado. Ver como ele se constrói desde o primeiro minuto de cena, como ele se explica na narração em off do início: como uma orquestra! Como música! Cada personagem como um instrumento musical. Nada menos que genial.
Um filme para ver e rever.
E rever mais uma vez, o que certamente farei.
Felipe Pereira, nos cinco minutos mais decisivos de minha vida, direto do 01PD. Nos vemos amanhã, que em cinco minutos será hoje!


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3 comentários:

  1. Valeu rapazes bom para começar. E como vi o filme ontem devo dizer que o comentário sobre, foi justo. Não acrescento mais nada pra não estragar. A proposito além de comentar como posso colaborar mais com o projeto?

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  2. Obrigado pelo elogio, camarada! A iniciativa 01PD pede, como colaboração, dicas de leitura, de discos, de filmes que possamos ver/ouvir/ler e analisar/criticar/postar aqui no blog. Abraços e até a próxima!

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