DIA 02 - Felipe P. 02
Moonrise
Kingdom – 2012
DIR: Wes
Anderson
Elenco:
Bruce Willis, Edward Norton, Bill Murray, Frances McDormand, Tilda Swinton, Jared
Gilman, Kara Hayward.
Para o segundo
dia do segmento cinematográfico do 01PD, eu escolhi algo que precisava ver
desesperadamente.
Moonrise Kingdom,
do diretor Wes Anderson, que assina também Viagem à Darjeeling e O Fantástico
Senhor Raposo, entre outras obras.
O filme conta a história
de Sam, um jovem órfão que se apaixona por uma garota da mesma idade durante
uma apresentação teatral de A Arca de Noé, na qual ela interpretava um corvo. Ele
e a garota, Suzy, após se conhecerem, passam a trocar cartas secretas e tramam
uma fuga para viver juntos.
Sam, o integrante
menos popular de um grupo de escoteiro, e Suzy, uma menina “problemática”
colocam o plano de fuga em prática e passam a ser perseguidos pelo grupo de
escoteiros em “missão de resgate” e pela família da garota.
Moonrise Kingdom
é uma jornada de autoconhecimento de dois jovens apaixonados, vivendo uma
intensa história de amor em um mundo no qual ninguém está disposto a aceitar
essa paixão. Uma história de amor proibido. Mas não uma história de amor
proibido qualquer. Uma história guiada por ninguém menos que Wes Anderson, um
dos mais brilhantes diretores de cinema da atualidade (eu sou suspeito pra
falar, quem acompanhava meu blog antigo sabe que eu sou maluco pelos filmes do
sujeito).
Quem conhece, e
aprecia, o trabalho de Anderson sabe do que eu digo quando falo que ao ver um
filme do sujeito é preciso entrar no mundo dele. Ele vive em um mundo próprio,
que é exatamente igual ao nosso, mas é ~diferente~ por uma ou por outra razão.
Wes Anderson tem o dom único de enxergar o mundo e filmá-lo como o vê. O dom de
nos mostrar exatamente como ele o enxerga. Moonrise Kingdom é a transposição da
vida – maluca como ela é –
para a tela. É
como acompanhar de perto uma daquelas situações nas quais não se pode
interferir, apenas acompanhar e esperar pra ver como termina. E torcer por um
final justo.
São infinitas as
tentativas dos personagens de Edward Norton e Bruce Willis em mudar o rumo da
trama e pôr a situação sob controle, mas quem vive, quem sabe como a vida funciona,
sabe também que certas coisas simplesmente não podem ser controladas, certos
rumos não podem ser alterados. Ainda mais quando se é jovem e rebelde e
apaixonado (salvas proporções, afinal estamos falando de Wes Anderson, o que
torna as coisas um pouco ~diferentes~) e se tem meio mundo, que nãos se dá o
trabalho de te ouvir, querendo te “colocar na linha”.
Um fato
interessante é que o filme se passa nos anos sessenta, então chega-se a falar
em lobotomia e terapia de choque para controlar o comportamento agressivo de
Sam. É quando o jogo vira de uma forma tão divertida e inesperada, dando uma
infinidade de novas e imprevisíveis possibilidades à trama... É simplesmente prazeroso
ver um filme tão bem executado. Ver como ele se constrói desde o primeiro
minuto de cena, como ele se explica na narração em off do início: como uma
orquestra! Como música! Cada personagem como um instrumento musical. Nada menos que genial.
Um filme para ver
e rever.
Valeu rapazes bom para começar. E como vi o filme ontem devo dizer que o comentário sobre, foi justo. Não acrescento mais nada pra não estragar. A proposito além de comentar como posso colaborar mais com o projeto?
ResponderExcluirObrigado pelo elogio, camarada! A iniciativa 01PD pede, como colaboração, dicas de leitura, de discos, de filmes que possamos ver/ouvir/ler e analisar/criticar/postar aqui no blog. Abraços e até a próxima!
ResponderExcluirSera um prazer
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