Frankenweenie

Dia 24 - Felipe P. 24

Frankenweenie - 2012

Dir: Tim Burton

Elenco: Charlie Tahan, Winona Ryder, Catherine O'Hara e Martin Short

Tim Burton emplacou dois filmes no mesmo ano. O primeiro, Sombras da Noite, levou do 01PD 3 luas, filminho bacana e divertido. O segundo, Frankenweenie, é umas duas vezes mais filme que o primeiro.

Poucas foram as vezes em que Tim Burton se aventurou e pela animação. E é incrível como mesmo elas conseguem ser desanimadas. A verdade é que o tempo passou e Burton perdeu o tesão pelo que ele faz. Seus filmes se tornaram apáticos, seus truques envelheceram e a cada lançamento temos a mesma sensação de “mais um filme do Burton”.

Era um pouco dessa sensação que eu tinha antes de ver Frankenweenie, a mais recente animação stop motion do cara, que conta a história de Victor Frankenstein, um garoto cujo único amigo, o cachorro Sparky, morre após ser atropelado. A vida do garoto perde o sentido e, após o acidente, os dias simplesmente vão. Até o dia em que, após ser inspirado por uma aula de biologia, o garoto tem a ideia de trazer o cachorro de volta à vida.

O experimento dá certo, mas atrai a atenção dos colegas de escola do garoto, colegas de caráter duvidoso que querem usar seus experimentos para vencer o prêmio maior na feira de ciências.

Uma das novidades que Frankenweenie tem em relação aos filmes anteriores de Burton é a ausência de Johnny Depp e Helena Bonham Carter, o que dá novos ares, uma nova cara ao trabalho do sujeito.  As outras não são exatamente novidades. Basicamente Burton decidiu remexer seu baú de antiguidades e trazer algo de volta à vida.

Frankenweenie originalmente foi lançado em 1084 na forma de um curta metragem live action dirigido pelo próprio Burton e contava basicamente a mesma história.

A outra novidade é que Frankenweenie é realmente bom e você não tem que ficar fazendo considerações baseadas no respeito que você tem pelo trabalho de alguém! O sujeito caiu na real e decidiu fazer um filme simples que não exigisse tanto de si mesmo. Troxe de volta seu velho amigo Danny Elfman, seus bonecos de massinha e o P&B do filme original e funcionou: a fotografia e a trilha sonora são maravilhosas (a canção de Karen O no final é a cereja do bolo) e a história é engraçada e emocionante como um bom e velho Burton deve ser, como Edward Mãos de Tesoura continua sendo até hoje (eu não vou falar de Batman, por que um britânico metido foi lá e massacrou os Batmans do Burton), sem falar que o visual é, apesar de simples, muito bonito e chega a ser bastante sinistro para um filme da Disney (detalhe para a cena dos parafusos no pescoço do cachorro). Se o filme tem algum problema grave é de que algumas referências (como a mecha branca no pelo da cachorra da vizinha de Victor) vão ficar meio perdidas para os menores, fora isso dá pra ver tranquilo.

Até a Winona Ryder o cara trouxe de volta.

Bem, é isso. Não vamos esticar demais isso aqui, tá quase dando meia noite e eu tô com um sono desgraçado.

O conselho da noite é: veja Frankenweenie! Vai trazer de volta o sentimento de Os Fantasmas se Divertem e do Mãos de Tesoura, sem forçar a barra com nostalgia barata e ainda vai manter seus filhos parados por pelo menos uma hora e vinte. Veja sem medo. 

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