Estamos na quarta temporada de pilotos da Amazon. Com a Amazon o sucesso de de um piloto depende da opinião e da aprovação do público (o que é uma pena). É isso que garante se uma série vai avançar ou não
A Amazon tem visto muito sucesso ultimamente, primeiro com Transparence ganhando o Globo de Ouro de melhor série de comedia deste ano, e no processo batendo o Netflix. Segundo, pouco dias depois, assinando com Woody Allen para escrever e dirigir a sua primeira série com ela. Isso foi como um rolo compressor, por isso é particularmente interessante olhar o seu próximo lote de estreias e o seu esforço criativo. O primeiro deles é algo interessante baseado na escrita de um autor que dispensa apresentações, Phillip K. Dick. O Homem no Castelo Alto.
Dirigido por Frank Spotnitz,o segundo em comando e mestre da mitologia de The X-file (Arquivo X), não é difícil de se sentir atraído por este material. Baseado em uma história-alternativa, romance de Phillip K. Dick, vemos um mundo onde os aliados de fato perderam a Segunda Guerra Mundial. Essa perda vê os Estados Unidos dividido em três regiões. Uma controlada pela Alemanha, a outra pelo Japão e mais uma, a região montanhosa entre as duas, é uma zona segura relativamente neutra. Mas é tudo, você sabe, sobre o regime nazista.
O piloto, magistralmente, apresenta-lhe tudo isso sem nunca te forçar a história, mas sim, naturalmente, respeitando a sua inteligência. É também, talvez, uma linda série, meticulosamente composta, que a Amazon tem até agora, mais ainda do que Mozart in The Jungle, que no ultimo momento se perdeu no cosmopolitismo de Nova York. A cinematografia é realmente impressionante aqui.
Nossa perspectiva é através de Frank Frink (Rupert Evans) e Juliana Crain (Alexa Davalos), ambos são de regiões opostas. Essas são ótimas atuações, mas é claro que são as ideias e o visual da série que importarão para as pessoas sentirem vontade de ver mais.
É uma visão do que poderia ter sido trazido à vida. Você vê, isso é realmente um ponto alto para esta série, e algo que muitas outras obras de cunho adaptativo poderiam tirar uma lição. Muitas vezes em que o mundo não é bem como o nosso, há algum tipo de excesso de despejo e exposição forçada e pesada no começo da história para tentar pegar a audiência com mais velocidade. The Man in the Castle High, enfoca o problemas pessoais e conflitos de seus personagens principais, ao deixar-nos recolher o estado do mundo através dos detalhes da paisagens e dos acontecimentos em seu redor.
E é de Phillip K. Dick que estamos falando, então você pode esperar algumas ideias maravilhosas apropriadamente sendo empurrada para frente aqui. Por exemplo, existe um desenfreado americanismo nazista, algo que para entender tem que se ver. (para não mencionar a sempre presente Swastikas) e a ideia de um Hitler crivado de Parkinson ainda vivo e puxando as cordas. É arrepiante em um alto conceito de sci-fi que é diferente da maioria dos trabalhos de Dick.
Há muito mais para se falar no futuro da série, se é a mecânica da própria ou seu valor como adaptação, ou mesmo a mais ampla e crescente cultura em torno desse novo modo de consumir mídia com o Netflix esquentando as coisas. Qualquer uma dessas opções podem ser exploradas por si mesmo. Pelo menos por enquanto,eu sugiro que a assistam se não por uma destas razões, pelo menos por aquela que satisfaz a questão universal: "e se?"
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