Dia 202. Michel 180.
Charles Bradley é o nome dele. No século vinte e um, na segunda década deste, temos alguém que sabe ainda cantar o amor enquanto transborda em sentimento. Deixa o som rolar aê...
Imagine alguém que junta em si as qualidades de James Brown, Otis Redding e Marvin Gaye. Agora imagine um cara que, mesmo influenciado por estes deuses, ainda consegue ter um estilo próprio. Este é ele, Charles Bradley.
O disco do qual falaremos hoje chama-se "No Time For Dreaming", e foi lançado em 2011. Funk e soul, música com uma forte sonoridade das décadas de 1960 e 1970, mas com cheirinho de novas - por serem novas.
O bacana de Bradley? Ele é puro sentimento. Tomado pela música, ele se deixa levar e se transforma numa bomba humana, uma bomba sonora. Toda a música extravasa dele através de sua voz rouca e poderosa. É incrível sua capacidade de entregar-se à música, deixando-se levar pela emoção. Pode-se sentir, verdadeiramente, cada textura, cada nuance daquilo que ele quer nos passar.
Sua semelhança com James Brown não é apenas musical: ele mesmo se parece com O Pai do Funk, e não nega suas origens. Morou na rua, passou por tempos e momentos difíceis até ser descoberto e se transformar num dos maiores talentos da música negra na atualidade. Seu talento é inegável. Sua voz é arrebatadora. É impossível não se emocionar com sua rendição, com o amor e o sofrimento que vêm em sua música.
Invariavelmente você se pegará concordando com qualquer coisa que ele diga ou cante, porque se há alguém no mundo que cante assim, é porque ele, com certeza, sabe/sente alguma verdade que nós, pobres mortais, não sabemos.
Seja na emoção ou no balanço, deixe-se levar pela música deste que é - embora desconhecido - um dos grandes talentos da música nos dias atuais. Se não conhece, escute e deixa rolar.
Boa noite e um bom início de semana.
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